Mais de meio milhar de imigrantes clandestinos foram resgatados nos últimos dois dias em diferentes pontos da costa oriental no mar Egeu, informou neste domingo a guarda costeira grega. Até sábado à tarde, a guarda costeira grega resgatou 553 imigrantes e deteve seis traficantes, além de ter retirado do mar um cadáver de um homem que morreu devido a incêndio por motivos desconhecidos da barcaça em que navegava juntamente com outras 81 pessoas, a este da ilha de Tilos, no arquipélago de Dodecaneso.

Os conflitos no Iraque, na Síria, na Líbia e na Faixa de Gaza fizeram com que se intensifiquem os fluxos migratórios nas águas do mar Egeu. A Grécia é uma das principais portas de entrada de imigrantes ilegais, que pretendem chegar à Europa, viajando em embarcações irregulares nos meses de verão.

Desde 2012 que a Grécia construiu uma vala de mais de 10 quilómetros na fronteira terreste com a Turquia e aumentaram consideravelmente as viagens pelo mar, utilizando-se rotas mais longas e muito mais perigosas para as frágeis embarcações. Organizações não governamentais internacionais têm criticado repetidamente a maneira como são recebidos os imigrantes clandestinos em solo grego.

A Amnistia Internacional, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, liderado por António Guterres, e o Conselho Grego para os Refugiados têm denunciado casos em que as autoridades gregas obrigam as embarcações a retornar aos pontos de origem ou situações em que os imigrantes são expulsos do país sem que tenham oportunidade de pedir asilo. Também repudiaram as condições degradantes nos chamados “centros de detenção para estrangeiros”.

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