Durante os meses de junho e julho, a mais popular carreira de elétrico de Lisboa, o 28, esteve parada, no total, 50 vezes, em resultado das interrupções provocadas por estacionamento irregular e outras ocupações das estradas por onde o elétrico circula.

“No mês de julho verificaram-se, só na carreira 28E, um total de 21 interrupções com a duração total de 11 horas e meia, tendo, no mês anterior, a situação sido substancialmente mais grave, com 29 interrupções com a duração total de 21 horas”, explicou ao Observador a Carris, que gere o sistema de transportes em autocarro e elétricos na capital. Ou seja, no total, foram 32 horas e 30 minutos que o 28 esteve sem circular.

Durante os meses de verão, devido à afluência de turistas, o 28 tem um aumento significativo da procura. Entre março e setembro, “a oferta da carreira é cumprida pela afetação de 15 elétricos, enquanto no restante período do ano a oferta é cumprida por 13 elétricos”, informa a empresa.

Com as perturbações na circulação, os passageiros acumulam-se nas paragens do popular elétrico, cujo percurso passa por algumas das zonas mais típicas e turísticas da cidade – frequentemente ruas estreitas de um só sentido. Quando há um veículo ou outro obstáculo na linha, “a Carris toma imediatamente medidas de gestão da carreira e mobiliza as entidades competentes para desbloqueamento da situação. Contudo, a rede de via férrea não dispõe da flexibilidade de uma rede rodoviária, pelo que a reposição da normalidade é, em geral, demorada”, diz a empresa.

A Carristur, empresa de circuitos turísticos da Carris, lançou em junho uma nova carreira de elétrico na cidade, a Castle Tramcar Tour, que tem um percurso semelhante ao do 28. O passeio tem a duração de 40 minutos e um custo de 8,10 euros durante um dia. “Trata-se de um produto recente e ainda em fase de consolidação cuja procura tem vindo a crescer, situando-se atualmente cerca de 200 a 300 passageiros por dia”, afirma a Carris.

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