O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que os dois concorrentes às primárias do PS se limitam a “toques e retoques” relativamente à “política de direita” da maioria PSD/CDS-PP, na abertura da 38.ª “Festa do Avante!”, no Seixal.

Jerónimo de Sousa apelou à luta pela demissão do executivo de Passos Coelho e Paulo Portas, “encurtando-lhe o tempo de vida num mês que seja, em 24 horas que seja, como primeira condição para travar este caminho desastroso e doloroso e encetar a construção de uma política patriótica e de esquerda que não será feita com toques e retoques como defende o PS, seja de Costa ou de Seguro, mas com rutura com a política de direita”. “No país, terminou a data – só a data – da intervenção estrangeira, com esse pacto de agressão executado pelo Governo, mas onde não pode ser apagada a responsabilidade do PS”, insistiu.

O líder comunista salientou os “três anos a cortar salários, pensões e reformas, a cortar na educação, saúde proteção social” e a “aumentar impostos sobre quem trabalha”, ou seja, “a provocar uma sangria com um surto de emigração de portugueses sem saída para as suas vidas”. “Três anos em que o país assistiu aos escândalos e buracos sucessivos da banca, com um Governo, direta ou indiretamente, a correr a injetar milhares de milhões sacados à força aos trabalhadores e reformados. O empréstimo da troika nunca foi para salvar o país, mas sim para salvar o sistema financeiro, viciado no jogo, no ganho fácil, com as costas quentes pelos governos e entidades”, acusou.

Jerónimo de Sousa deixou ainda outra interrogação: “diz o Governo que só fez metade do caminho, se isto é só metade, imaginemos o resto que pretendem?”, anteviu.

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