O comissário designado por Portugal para o novo executivo comunitário, Carlos Moedas, que será responsável pela pasta da Investigação, Ciência e Inovação, comentou esta quarta-feira que este domínio é “a chave para o crescimento” na Europa.

Moedas é secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro e a sua exoneração do Governo foi aceite também já esta quarta-feira pelo Presidente da República, segundo nota publicada no site de Cavaco Silva.

“A Inovação e a Investigação são a chave para o crescimento que queremos na Europa: um crescimento sustentável que promova a qualidade de vida dos Europeus, afirmou Carlos Moedas, num comunicado divulgado em Bruxelas, após o anúncio da pasta que lhe foi atribuída na nova Comissão Europeia.

Estas áreas “são a chave para aumentarmos a produtividade e dinamismo das nossas empresas, para competirmos pela excelência e não pelos baixos custos”, acrescentou.

O presidente eleito da Comissão Europeia, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, está hoje de manhã na sede do executivo comunitário, em Bruxelas, a apresentar a organização da sua equipa e a distribuição dos pelouros entre o colégio de comissários, tendo decidido atribuir ao comissário português uma pasta diretamente relacionada com aquele que é o maior programa orçamental gerido pela Comissão, o “Horizonte 2020”.

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Concebido para os próximos sete anos (2014-2020), o “Horizonte 2020” é o maior programa público de apoio à investigação e à inovação do mundo e está dotado com um orçamento de praticamente 80 mil milhões de euros, o equivalente a 8% do orçamento comunitário.

O programa é considerado um instrumento fundamental para um novo ciclo de recuperação económica e para a criação de emprego na Europa.

Carlos Moedas vai gerir duas das maiores direções-gerais da Comissão Europeia, a Direção-geral da Investigação e Inovação e o “Joint Research Centre”, com cerca de 3.000 funcionários.

Para a escolha de Carlos Moedas para esta pasta — que requer coordenação transversal, também no seio da nova “Comissão Juncker” — contribuiu a experiência do até agora secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro no mundo empresarial e na gestão financeira.

Carlos Moedas teve também responsabilidades recentes em complexos ‘dossiers’ de coordenação política, tendo sido um dos principais representantes do Governo nas negociações com os representantes da ‘troika’ – Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia -, no quadro do programa de assistência financeira a Portugal, concluído em maio passado.