O Presidente norte-americano anuncia esta terça-feira o envio de cerca de três mil militares norte-americanos para a África Ocidental, para participarem na luta contra o vírus Ébola, segundo um responsável norte-americano citado pelas agências internacionais. Barack Obama deverá apresentar o plano de ação durante uma visita aos centros de controlo e de prevenção das doenças em Atlanta, no sul dos Estados Unidos.

Os meios norte-americanos vão estar concentrados na Libéria, um dos três países mais atingidos pelo vírus, juntamente com a Serra Leoa e Guiné Conacri. Um centro de comando será instalado na capital, Monróvia. Os militares vão participar na construção de novos centros de tratamento nas zonas mais atingidas e o governo norte-americano vai colaborar no recrutamento e formação do pessoal encarregado da gestão dos mesmos. Os Estados Unidos vão criar na Libéria um local para a formação de 500 trabalhadores de saúde por semana, acrescentou a mesma fonte.

A epidemia do Ébola na África Ocidental, a mais grave da febre hemorrágica identificada em 1976, matou mais de 2.400 pessoas segundo o mais recente balanço da OMS. “Para combater esta epidemia na fonte, devemos colocar em prática uma verdadeira resposta internacional”, indicou um responsável norte-americano sob anonimato.

Neste quadro, a Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) vai distribuir, em parceria com a UNICEF, kits de proteção destinados a 400.000 famílias mais vulneráveis da Libéria.

Os Estados Unidos já gastaram 100 milhões de dólares na luta contra o vírus. A USAID anunciou a intenção de desbloquear 75 milhões de dólares para aumentar o número de centros de tratamento. A administração Obama pediu, por outro lado, ao Congresso uma verba adicional de 88 milhões de dólares. A decisão é tomada esta semana. Do total, 30 milhões de dólares destinam-se ao envio de material e de peritos para o terreno e 58 milhões de dólares ao desenvolvimento de tratamentos e vacinas.

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