Sindicalistas da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública tentaram entrar no edifício do Ministério das Finanças e foram impedidos pela Polícia. Cerca de duas dezenas e meia de agentes da polícia formaram um semicírculo junto a porta do Ministério, para evitar que dirigentes e ativistas da Frente Comum entrassem na receção.

Cerca de 300 manifestantes desfilaram em protesto até ao ministério liderado por Maria Luís Albuquerque, onde apenas entrou uma delegação de quatro sindicalistas, liderada pela coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila, para entregar uma resolução reivindicativa e exigir a marcação de reunião para negociar o aumento do salário mínimo.

Quando os manifestantes chegaram ao local tentaram avançar o mais possível em direção ao ministério e ultrapassaram a área que lhes tinha sido atribuída para a concentração, mas sem quaisquer incidentes.

A polícia reforçou e apertou a perímetro de segurança, que ficou a centímetros de distância dos manifestantes.

A delegação sindical entregou o documento reivindicativo no ministério, mas não obteve de imediato a marcação da reunião exigida.

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública exige aumentos salariais de 3,7% para o próximo ano, com a garantia de pelo menos 50 euros por trabalhador, e a reposição dos valores cortados aos salários e pensões.

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A estrutura sindical afeta à CGTP pretende ainda que a reposição dos salários e pensões nos valores anteriores a 2011 seja feita antes do final da atual legislatura.

A Frente Comum defende também a atualização do subsídio de refeição para 6,50 euros e a atualização das restantes matérias pecuniárias em 3,7%.

A proposta reivindicativa para 2015 aprovada pelos sindicatos da Frente Comum prevê ainda o descongelamento das posições remuneratórias e o reposicionamento nos escalões da carreira correspondentes aos anos de serviço.

A estrutura sindical reivindica também a reposição do valor anteriormente pago pelo trabalho extraordinário, nomeadamente um acréscimo de 100% pelo trabalho em dia feriado.

A reintegração dos trabalhadores em mobilidade especial (requalificação), o fim do encerramento e privatização dos serviços públicos, a resolução imediata das situações de precariedade e a reposição do horário semanal de 35 horas são outras das reivindicações que integram a proposta de mais de 20 páginas da Frente Comum.

A Frente Comum defende ainda a reposição da aposentação aos 60 anos de idade, com 36 de serviço, sem penalizações.