O ex-Presidente francês Nicolas Sarkozy anunciou esta sexta-feira a sua candidatura à presidência da UMP (“União por um Movimento Popular”). “Sou candidato à presidência da minha família política”. O anúncio surge depois de várias semanas de especulação sobre a sua intenção de apresentar uma candidatura às presidenciais de 2017. E apenas um mês depois de ter sido acusado pelo Ministério Público de corrupção e tráfico de influência.

A renovação é o mote anunciado do regresso. A forma escolhida para o anúncio foi, talvez não por acaso, o Facebook.

“Proponho transformá-lo de dentro para fora, com o objetivo de criar, dentro de três meses, as condições para uma nova e vasta reunião de todos os franceses, sem um espírito partidário, que ultrapassa as divisões tradicionais que já não correspondem à realidade de hoje”.

Apesar de não referir as eleições presidenciais, o comunicado deixa claro que é esse o objetivo. “Depois de uma longa reflexão, decidi propor aos franceses uma nova oportunidade política”, refere. “Seria uma forma de abandono continuar a ser um espectador da situação em que se encontra a França”. O ex-Presidente fala ainda em construir uma alternativa credível, capaz de despertar o “interesse apaixonado de todos aqueles que não conseguem suportar” a situação que “se abateu sobre a França”.

Sarkozy tem agora até dia 30 de setembro para apresentar a sua candidatura. As eleições para a presidência da UMP estão marcadas para 29 de novembro e uma segunda volta está programada para 6 de dezembro, caso seja necessário. A concorrer contra Sarkozy está o seu antigo ministro Bruno Le Maire e o deputado Hervé Mariton.

O partido é atualmente dirigido por três antigos primeiro-ministros, Alain Juppé, Jean-Pierre Raffarin e François Fillon. Luc Chatel é o atual secretário-geral desde maio deste ano, data em que assumiu o cargo na sequência da demissão forçada de Jean-François Copé, envolvido no escândalo Bygmalion, que diz respeito a um sistema de faturas falsas durante a campanha de Sarkozy em 2012.

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