Max Cooper nasceu em Belfast em 1980 e está atualmente radicado em Londres. Cedo revelou interesse nas ciências naturais e na biologia, sonho que nunca deixou de perseguir: em 2008 concluiu o doutoramento em Biologia Computacional e ingressou num pós-doutoramento em Genética. Mas o apelo da música foi mais forte, a carreira artística tinha começado um ano antes e rapidamente assumiu proporções difíceis de conciliar. O músico, produtor e Dj irlandês é hoje um nome destacado no meio tecno/house/eletronica, tem no currículo dezenas de colaborações, remisturas (Hot Chip, Au Revoir Simone) e EPs.
“Human” é o primeiro álbum de estúdio e conta com as colaborações de Kathrin deBoer dos Belleruche e dos Braids. O nome dificilmente podia ser mais bem escolhido. Max Cooper é um homem de ciência que faz música (ou o contrário?), dois mundos que se cruzam e fundem em 11 temas de ritmo diverso, ora lento e melódico, ora ácido e agressivo, sons aparentemente confusos mas alinhados com precisão, por isso é um disco que exige (merece) dedicação.
Porque há uma diferença entre ouvir e escutar: só com a devida atenção é possível perceber que existe estrutura no caos. E quando isso se revela, pode ser surpreendente.
