Jardel está de volta. Sim, esse mesmo. O “Super Mário”, que jogou no FC Porto, Sporting e Beira-Mar, voltou a entrar em campo, mas desta vez no relvado da política. O antigo futebolista é candidato ao cargo de deputado estadual do Rio Grande do Sul pelo Partido Social Democrático (PSD), partido que apoia a reeleição de Dilma Rousseff para a presidência brasileira.

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Durante uma entrevista aos jornalistas responsáveis pela rubrica La Urna, um projeto de comunicação composto por membros de três jornais que pretende revelar o lado informal das eleições, o antigo jogador de futebol começou por explicar, de forma descontraída, o porquê de agora avançar para um cargo político. “O que me faltava era uma ocupação e isso está-me fazendo bem e abriu as portas para mim, para trabalhar”, disse.

Com respostas confusas e, por vezes, quase impercetíveis, Mário Jardel disse ser contra o casamento homossexual por causa da sua recente conversão à religião evangélica — “Sou contra porque sou contra. Porque sou evangélico” — e quando questionado sobre o seu posicionamento político, a resposta também não primou pela eloquência. “Eu me considero de direita porque sou uma cara direito demais”.

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No campo das políticas concretas, o registo da entrevista manteve-se. Jardel garantiu que pretende “resgatar muitas crianças e dependentes químicos, abrir clínicas para dependentes químicos” e prometeu “muita saúde e postos de saúde”. Mas o jornalista explicou que o que ele disse eram competências do Executivo, não de um deputado estadual, e perguntou se tinha alguma ideia para projetos de lei. A resposta foi a seguinte: “Cara, eu estou ainda em análise, não te posso responder agora”.

Quando questionado sobre a nova política de Marina Silva, a resposta também não foi a mais coerente. “Nova política é não deixar ninguém nas ruas passando necessidade, nova política é não deixar gente em metro superlotado”. Mas isso não é o que prometem os políticos já há 50 anos, questionou o jornalista. “É o que eu digo, eu não vou conseguir mudar o mundo, o mundo não vai ser mudado”, concluiu o atleta.