As autoridades de Nagano, no centro do Japão, confirmaram à cadeia televisiva que os três corpos foram descobertos nas ladeiras do monte Ontale, em zonas que não fazem parte dos percursos habitualmente feitos pelos excursionistas e que hoje começaram a ser revistadas pela primeira vez pelas equipas de salvamento.

Desconhece-se, até ao momento, se os três corpos encontrados correspondem a algum dos 16 caminhantes desaparecidos desde a erupção vulcânica do Ontake, há precisamente uma semana.

A cinza expelida pelo vulcão e acumulada no cume do monte transformou-se numa espessa lama devido às chuvas que se abateram sobre a região nos últimos dois dias, pelo que as equipas de resgate estão a usar hoje detetores de metais para tentar localizar novos corpos.

As autoridades japonesas não descartam a possibilidade de haver mais desaparecidos dada a dificuldade em contabilizar o número de excursionistas que subiram ao Ontake a partir dos mais diferentes pontos de acesso no dia da erupção vulcânica.

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As equipas de salvamento contam com 930 efetivos que no dia de hoje, em particular, procurar acelerar as operações devido à chegada do tufão Phanfone, que se desloca a partir do sudoeste.

A tempestade, qualificada de “muito forte” pela Agência Meteorológica do Japão, transporta intensas chuvas e ventos de 250 quilómetros por hora e prevê-se que irá alcançar a região na segunda-feira, o que irá obrigar ao cancelamento das buscas.

A erupção vulcânica no Ontake figura já como a que mais mortes causou no Japão desde 1926, ano em que a erupção no monte Tokachi, na ilha de Hokkaido, no norte, fez 144 mortos e 210 feridos.

A última grande erupção do Ontake foi em 1979, quando expeliu cerca de 200.000 toneladas de cinzas; em 1991 aconteceu uma outra, ainda que de menor amplitude, e em 2007 uma nova erupção causou uma série de terramotos vulcânicos.

O Japão assenta sobre o Anel de Fogo do Pacífico, contando com mais de uma centena de vulcões ativos e latentes.