O jornalista da SIC Fernando de Sousa faleceu esta quinta-feira em Milão, Itália, onde o correspondente em Bruxelas acompanhava a cimeira do emprego, onde participou o primeiro-ministro. Aparentemente Fernando de Sousa terá sofrido de um problema cardíaco fulminante, tendo morrido durante a noite. Tinha 65 anos.

Fernando de Sousa nasceu a 16 de fevereiro de 1949, passou pela RDP, pela televisão britânica BBC, pelo jornal Diário de Notícias e SIC. Era correspondente em Bruxelas, e já o tinha sido em Londres e na Alemanha.

“É uma notícia que nenhum de nós gostaria de dar. Morreu o nosso correspondente da SIC em Bruxelas, Fernando de Sousa. Estava em Milão, para a cobertura da cimeira sobre o emprego”, lia-se esta manhã no site da SIC.

O jornalista da SIC foi também condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique em 2006 pelo então Presidente da República Jorge Sampaio.

Cavaco Silva lembrou Fernando de Sousa como um jornalista que se destacou pela “qualidade dos seus trabalhos jornalísticos” nomeadamente em “questões europeias”.

“Profissional da comunicação social com uma longa carreira, Fernando de Sousa era um rosto bem conhecido dos Portugueses e uma personalidade respeitada pelos seus pares, que se destacou pelo rigor no tratamento de assuntos noticiosos e pela qualidade dos seus trabalhos jornalísticos, designadamente dos que se relacionavam com as questões europeias”, escreveu Cavaco Silva, em mensagem e condolências à família de Fernando de Sousa, divulgada no site da Presidência da República.

Também o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho lamentou a morte do jornalista, a quem se referiu como “uma das figuras mais destacadas e respeitadas do jornalismo português”. “O primeiro-ministro recebeu com profunda consternação a notícia do desaparecimento do jornalista Fernando de Sousa, uma das figuras mais destacadas e respeitadas do jornalismo português”, lê-se numa nota divulgada esta quinta-feira pelo gabinete de Pedro Passos Coelho.

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Na mesma nota, Fernando de Sousa é referido como “um jornalista de primeira linha, cujo exemplo não deixará de inspirar todos quantos tiveram o privilégio de com ele trabalhar”. “Ao longo de uma carreira exemplar”, escreve o primeiro-ministro, “Fernando de Sousa distinguiu-se sempre pelo seu profissionalismo, isenção e cordialidade”.

Também a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, recordou a carreira de Fernando de Sousa, sublinhando o seu contributo para “uma consciência quotidiana e reforçada do sentimento de Europa”.

“No dia-a-dia das instituições europeias, ele foi a complementaridade necessária do agir político. Contribuiu para uma consciência quotidiana e reforçada do sentimento de Europa. Entre a dedicação e o profissionalismo, rasgou connosco as portas de um mundo novo”, escreveu Assunção Esteves, numa mensagem de condolências.