A Confederação Africana de Futebol não desmarca a Taça das Nações Africanas, marcada para janeiro e fevereiro do próximo ano, e diz que esta vai avançar de acordo com o previsto, apesar do país organizador, Marrocos, estar a insistir num adiamento da prova com receio do alastramento da epidemia de ébola no continente.
Os responsáveis marroquinos temem que o torneio das seleções africanas, que junta 16 países a cada dois anos, contribua para o espalhar de uma verdadeira epidemia do vírus mortal.
“O interesse geral de Marrocos, dos marroquinos e dos cidadãos africanos está acima de tudo”, afirmou um conselheiro do ministro dos Desportos de Marrocos a uma rádio do país.
Hamid Faridi fez questão de sublinhar que o seu país vê o ébola como uma séria ameaça à saúde pública, reforçando a relutância do país em organizar o torneio.
“Marrocos fez este pedido [de adiamento] com base em recomendações de saúde muito sérias. (…) O princípio da precaução tem de prevalecer”, disse.
Os responsáveis da CAF insistiram mais tarde que não haverá qualquer reagendamento do torneio.
A CAF “confirma que não há mudanças no calendário da sua competição e dos eventos. Queremos lembrar que desde a primeira edição da taça de África em 1975, esta taça nunca foi adiada ou cancelada”, disse a organização em comunicado.