De acordo com o documento, são extintas cinco estruturas organizativas: Centro Corporativo, Direção-geral de Conteúdos, Direção Jurídica e Institucional, Direção de Emissão e Arquivo e a Direção do Serviço Internacional.
No caso da Direção-geral de Conteúdos, esta passa a ser integrada na Direção de Estratégia de Grelhas, que será liderada por Luís Marinho.
Questionada pela Lusa sobre esta nova estrutura, fonte oficial da RTP disse que “é uma evolução natural de processos”, adiantando que “nesta fase” de mudança da organização “é necessário esta figura” de Direção de Estratégia de Grelhas.
Esta nova estrutura “reporta ao presidente do Conselho de Administração da RTP e tem autoridade apenas funcional sobre os diretores de conteúdos”, acrescentou.
O gabinete de Gestão Operacional de Conteúdos, como as autopromoções e as audiências e estudos de mercado, que faziam parte da Direção-geral de Conteúdos, passam a integrar a estrutura de Estratégia de Grelha.
Já no caso da Direção do Serviço Internacional, a área de informação fica sob a alçada das direções de Informação da televisão e da rádio, o mesmo acontecendo à programação, que é integrada nas direções de programas da RTP e RDP.
Ou seja, José Manuel Portugal fica com a responsabilidade editorial da informação de televisão de canais nacionais e internacionais, enquanto Fausto Coutinho fica com a informação de rádio das antenas nacionais e internacionais.
A RTP África é integrada na direção de programas de televisão, liderada por Hugo Andrade, e a RDP África é integrada na direção de programas de rádio, que tem como diretor Rui Pêgo.
“As redações da RTP África e da RTP África são integradas, respetivamente, na Direção de Informação de televisão e na Direção de Informação de rádio”, refere.
A cooperação fica na “dependência direta do presidente do Conselho de Administração” da RTP, Alberto da Ponte e o “planeamento e distribuição internacional é integrado na Direção Institucional”, refere o documento.
“As estruturas objeto de reorganização apresentarão, até ao próximo dia 10 de novembro, os respetivos modelos de organização interna, contendo, designadamente, missões, atribuições e afetação dos respetivos recursos humanos e meios técnicos envolvidos”, adianta.
De acordo com o documento, “o redimensionamento da estrutura diretiva e a reorganização funcional da empresa, iniciados com o anterior organograma, foram passos decisivos e com retorno visível, mas ainda aquém dos objetivos. O novo contrato de concessão do serviço de Rádio e Televisão, em fase de formalização, determinou a oportunidade para evoluir nos objetivos definidos”.
Adianta ainda que “conhecido o contrato de concessão”, que está para ser assinado, “nos moldes em que o mesmo se apresenta, e para que as missões de serviço público possam ter acompanhamento e enfoque tendente à maior articulação e melhor integração, o novo organograma pretende ser uma resposta focada e eficiente aos novos desafios” colocados pelo mesmo.
Na nova estrutura organizativa, “destaca-se a criação de uma área que integra as missões de serviço público, que estão além dos serviços de programas incluídos no âmbito da concessão, permitindo uma abordagem integrada e estratégica”.
Segundo a ordem de serviço, “chegou agora o momento de, em resultado da prática e desempenho dos modelos existentes, proceder às alterações orgânicas que permitirão aos canais internacionais incluir uma informação de maior proximidade, dando voz às comunidades locais e regionais, sem perder o foco internacional, e contar com o contributo de todas as delegações da RTP no país e espalhadas no mundo”.
Justifica esta alteração com uma “perspetiva de maior integração, maior eficiência e otimização na gestão orçamental, ao mesmo tempo que se potenciam as receitas, pelo maior foco na programação e pelo acréscimo de visibilidade dos conteúdos de maior relevância s cobertura”.