O ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES),Ricardo Salgado, interpôs um recurso para que fossem revistas as medidas de coação que lhe foram aplicadas no final de julho, no âmbito do processo ‘Monte Branco’. Uma das solicitações de Salgado passava por baixar a caução de três milhões de euros. Mas, segundo o Correio da Manhã, o Tribunal da Relação de Lisboa rejeitou o recurso.

“Negado provimento” ao recurso. De forma resumida, foi esta a decisão que o Tribunal da Relação tomou esta quarta-feira. Para este resultado, conclui o mesmo jornal, terá contribuído o inquérito ao ‘Monte Branco’, que envolve suspeitas de burla e branqueamento de capitais, mas também a investigação ao Grupo Espírito Santo (GES).

Contactada pelo jornal, a defesa de Ricardo Salgado não faz comentários, uma vez que o processo está em segredo de justiça.

A operação Monte Branco investiga a maior rede de branqueamento de capitais alguma vez detetada em Portugal. O ex-presidente do BES foi constituído arguido pelos crimes de burla, abuso de confiança, falsificação e branqueamento de capitais e saiu em liberdade mediante pagamento de uma caução de três milhões de euros. Os crimes dirão respeito, sobretudo, às transferências de 14 milhões que Salgado recebeu do construtor José Guilherme.

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