Em declarações à agência Lusa, Nuno Magalhães adiantou que o convite feito ao líder parlamentar do Partido Socialista foi aceite e que Ferro Rodrigues concordou discutir com os partidos da maioria algumas das reformas estruturais, nomeadamente a reforma do IRS e a chamada “fiscalidade verde”.
“Podemos, neste momento, confirmar, nomeadamente após uma conversa que tivemos com o líder parlamentar do Partido Socialista, o doutor Eduardo Ferro Rodrigues, que há disponibilidade para uma reunião conjunta entre delegações do CDS, do PSD e do PS”, disse o deputado centrista.
Segundo Nuno Magalhães, a reunião entre os três partidos ficou marcada para o final da próxima semana, mas escusou-se a precisar o dia ou a hora do encontro, deixando apenas a garantia de que essa informação será conhecida em momento oportuno, já que “em democracia não há reuniões secretas”.
O líder parlamentar do CDS considerou importante haver esta disponibilidade tanto por parte dos partidos da maioria como do PS, mas não arriscou cenários quanto a um possível entendimento.
“Eu creio que é um passo em frente, é importante, e agora iremos, democrática e naturalmente, conversar, avaliar e aferir”, sublinhou, apontando como “positivo para o país” que haja esta disponibilidade.
O deputado centrista aproveitou ainda para “sublinhar a disponibilidade e a vontade da maioria em chegar a um entendimento sobre estas questões, do IRS e da fiscalidade verde”, bem como a disponibilidade de Eduardo Ferro Rodrigues.
Os líderes das bancadas do PSD, Luís Montenegro, e do CDS-PP, Nuno Magalhães, escreveram na quinta-feira ao líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, pedindo-lhe uma reunião para discutir as reformas do IRS e da chamada “fiscalidade verde”.
Na carta dirigida a Ferro Rodrigues, a que a agência Lusa teve acesso, Luís Montenegro e Nuno Magalhães defendem ser necessário “um compromisso abrangente e duradouro” sobre estas reformas fiscais.
Em causa estão duas propostas de lei do Governo de alteração ao código do IRS e das normas fiscais ambientais que deram entrada na Assembleia da República a 23 de outubro.