“Há muito, muito tempo, numa galáxia distante…”, Luke Skywalker, Han Solo e companhia lutavam contra o império de Darth Vader, servindo-se de sabres de luz e armas de raios laser. Se a arma dos Jedi ainda é um produto de ficção científica, os raios laser já nem tanto: a marinha norte-americana acaba de inventar a primeira arma laser efetivamente capaz de destruir alvos, como pode ver no vídeo. Possui, ainda, vários modos de disparo – desde de um flash de luz para servir de aviso, até ao raio laser mais destruidor.

O protótipo de 30 quilowatts foi usado pela primeira vez a bordo do navio USS Ponce, que neste momento patrulha as águas do Golfo Pérsico e é capaz de destruir drones ou barcos de pequenas dimensões. A experiência foi conduzida durante sete anos e teve um custo estimado de 40 milhões de dólares.

O principal consultor do Pentágono para a aquisição de armas, Frank Kendall, revelou em abril, numa entrevista à Bloomberg, que “ainda há algum trabalho a fazer para melhorar a tecnologia”, mas mostrou-se satisfeito com os desenvolvimentos da experiência.

Apesar do potencial da arma, o chefe de Operações Navais norte-americano, Jonathan Greenert, garantiu, quando entrevistado pela mesma publicação no início deste ano, que o sistema de raios laser não foi desenhado “para ter como alvo um país, nem sequer admitiria construí-lo por essa razão”, referindo-se ao caso concreto do Irão – desde 2011, a marinha norte-americana aumentou a sua presença no Golfo Pérsico, por onde circulam as cinco maiores rotas comerciais de petróleo, o que tem gerado alguma tensão com as autoridades iranianas.

A verdadeira razão de ser desta invenção, explicou Frank Kendall, é ajudar a marinha norte-americana “a ultrapassar as limitações operacionais”, designadamente as restrições energéticas e as condições climatéricas e de terreno hostis. Ainda assim, os Estados Unidos pretendem desenvolver até 2021 uma arma de raios laser mais poderosa do que este protótipo.

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