Três dos líderes do movimento pró-democracia em Hong Kong foram proibidos de embarcar num avião que seguia para Pequim, noticia a BBC, neste sábado.

Os três jovens já estavam no aeroporto, quando foram abordados pelos seguranças e foram informados que os papéis que lhes permitiam entrar e sair de Hong Kong eram inválidos.

Desde setembro que milhares de estudantes têm estado acampados nas ruas de Hong Kong: querem que Pequim autorize mais candidatos a concorrer nas próximas eleições para a liderança de Hong Kong, uma das duas regiões administrativas especiais da China, em 2017.

Os jovens que se deslocavam para Pequim foram aplaudidos por ativistas pró-democracia no aeroporto, que abriram uma série de guarda-chuvas amarelos no local – o símbolo do movimento. Eram liderados por Alex Chow, coordenador da Federação de Estudantes de Hong Kong, que teve um papel central na mobilização de estudantes para os protestos.

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Os três jovens que tentavam ir para Pequim queriam falar diretamente com líderes nacionais porque até agora o Governo de Hong Kong só lhes disse que não tem poder para oferecer nenhumas concessões.

De acordo com a BBC, não seria a primeira vez que o Governo chinês proíbe ativistas de Hong Kong a viajar até Pequim.

editorial do jornal do chinês Global Times, escrito antes de os ativistas terem sido parados no aeroporto, considera que o grupo de ativistas que ocupou as ruas de Hong Kong é “ingénuo” e que o movimento “falhou”.

Durante as primeiras semanas de protestos, milhares de jovens ocuparam as ruas de Hong Kong. Neste momento, conta o jornal, já serão só centenas e em três locais diferentes, sendo que está em tribunal um processo de autorização da polícia local para expulsar os manifestantes das ruas, conta o South China Morning Post.