O economista Joaquim Levy é, desde esta quinta-feira, o novo ministro das finanças brasileiro. Segundo a imprensa daquele país, foi a presidente Dilma Rousseff quem elegeu o homem que vai comandar as operações no Ministério da Fazenda num momento pautado pela fragilidade das contas públicas — realidade que tem vindo a afetar o nível de confiança de empresários e investidores. Joaquim Vieira Ferreira Levy sucede a Guido Mantega.

A chegada ao poder de Levy, que estava na direção da gestora de ativos Bradesco Asset Management, sugere maior rigor fiscal, escreve a Globo. Aos 53 anos foi ele quem executou o “ajuste fiscal” enquanto secretário do Tesouro Nacional, cargo que ocupou entre 2003 e 2006, no mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, e onde adquiriu o apelido “mãos de tesoura” por conter os gastos públicos. Apesar disso é considerado “ortodoxo” e com uma atuação mais “tradicional” no mundo da economia — o Wall Street Journal caracteriza-o ainda de “banqueiro proeminente”.

Aumentar a participação do setor privado e cumprir a meta fiscal “sem artifícios” são, segundo a Veja, algumas das ideias defendidas pelo agora ministro da Fazenda. Os princípios, diz a publicação brasileira, “soam como música aos anseios do mercado financeiro”, uma vez que servem (teoricamente falando) como a fórmula ideal para contribuir para a retoma do crescimento e da estabilidade macroeconómica do país — em causa pode estar um modelo de gestão mais liberal e menos intervencionista.

Nascido em 1961, Joaquim Levy formou-se em engenharia naval pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Seguiu-se um doutoramento em economia, na Universidade de Chicago e em 1992, além do mestrado — também em economia — com o cunho da Fundação Getúlio Vargas. Integrou o Fundo Monetário Internacional, FMI, entre 1992 e 1999, e chegou a exercer atividades nas Divisões de Mercado de Capitais e de Estratégia Monetária como economista visitante no Banco Central Europeu, BCE. Mais informações sobre o currículo de Levy podem ser consultadas aqui.

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