No dia em que se celebra a Restauração da Independência de Portugal depois de 60 anos de domínio espanhol, António Costa voltou a afirmar o desejo de que “este seja o último ano em que este dia seja comemorado sem ser considerado feriado nacional”.

Num discurso feito a partir da Praça dos Restauradores, em Lisboa, o presidente da Câmara e atual líder socialista afirmou que o “1º de Dezembro pertence aos portugueses (…) e a ninguém é moralmente permitido dispor dele com ligeireza, mesmo em nome do Estado”, numa referência clara à decisão do Executivo de Passos Coelho de, em 2012, ter acabado com o feriado nacional.

António Costa sublinhou, também, que é neste momento “em que as incertezas sobre o futuro se avolumam e em que os efeitos prolongados da crise” se traduzem “numa descrença e desânimo coletivos” que a data se reveste de especial importância. Até pelo seu simbolismo histórico de “união e identidade nacional”, seja “entre monárquicos e republicanos, crentes e não crentes”.

Por isso, a Câmara de Lisboa, com a colaboração dos alunos de várias escolas da capital, e em conjunto com a Sociedade Histórica da Independência Nacional e com o Movimento 1º de Dezembro, fundado por José Ribeiro e Castro, vai recriar, esta segunda-feira, vários momentos da história de Portugal, em que os portugueses, em particular os lisboetas, lutaram pela defesa dos interesses e pela independência do país.

O Largo de São Domingos, o Terreiro do Paço e o Cais de Sodré, local onde os portugueses viram partir a última frota de navios depois da derrota do exército francês comandado por Junot, serão alguns dos locais inscritos no roteiro de comemorações do 1º de Dezembro.

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