O Atlético de Madrid expulsou nesta terça-feira a Frente Atlético do estádio Vicente Calderón, depois de a polícia ter identificado membros daquela claque organizada entre os detidos em confrontos que resultaram na morte de um adepto do Corunha.

Em comunicado, o clube madrileno – atual campeão de Espanha – considera que a polícia deu como “provado” e fez refletir em ata oficial que elementos da Frente Atlético participaram nos incidentes de domingo “de forma organizada e planeada”, pelo que o clube tomou a decisão – com efeitos a contar a partir de hoje – de “cortar qualquer relação com o grupo”. “Assim, o clube vai usar de todos os meios ao seu alcance para impedir a exibição no interior do estádio Vicente Calderón de cartazes e outros elementos distintivos do grupo”, acrescenta o Atlético.

Por outro lado, o Atlético ressalva que a “dissolução em termos legais da Frente Atlético, como associação privada ou entidade com personalidade jurídica própria, não é competência do clube, pelo que não pode ser executada pelo clube”. Cabe, assim, “às autoridades competentes avaliar e/ou executar a dita dissolução”.

O Atlético de Madrid acrescenta que “vai perseguir qualquer outro coletivo, claque ou grupúsculo, que surja no futuro sob qualquer outro nome, que não condene radicalmente a violência ou que utilize o nome do Atlético de Madrid ou as suas instalações para defender ideias políticas, racistas ou xenófobas”.

Um adepto do Deportivo da Corunha morreu, no domingo, na sequência de violentos confrontos entre cerca de 200 “ultras” (adeptos tidos como mais violentos) que precederam o jogo entre o Atlético de Madrid e o clube galego, na capital espanhola.

O homem de 40 anos sofreu um traumatismo craniano e uma paragem cardiorrespiratória e acabou por morrer no domingo. Mais de 20 pessoas foram detidas pela polícia, incluindo membros da claque Riazor Blues (Deportivo), do Frente Atlético (Atlético de Madrid), dos Bukaneros (Rayo Vallecano) e do Alkor Hooligans (Alcorcón).

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