Foram assassinados pelo menos 36 trabalhadores numa pedreira durante a noite desta terça-feira em Koromei, no condado de Mandera, no Quénia. O ataque foi realizado pelo grupo extremista islâmico somali Al Shabab, que assumiu a responsabilidade pelo ato num comunicado à imprensa enviado à agência France Press e advertiu que seguirá com os ataques caso o país não ordene a retirada das forças militares da Somália.

Segundo um residente do local, em entrevista à agencia Reuters, a milícia separou os muçulmanos dos outros trabalhadores, ordenou-lhes que se ajoelhassem e disparou à queima-roupa. Outra testemunha confirmou à agência que pelo menos duas vítimas foram decapitadas. Enquanto o grupo fala de 40 mortos, o governo queniano confirmou o total de 36 vítimas.

O ataque aconteceu algumas horas depois da morte de, pelo menos, uma pessoa num tiroteio registado na cidade de Wajir, localizada no norte do país e próximo à fronteira com a Somália, conforme relembra o jornal El País. O presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, afirmou que pretende intensificar a luta contra o terrorismo. “Esta é uma guerra e precisamos vencê-la juntos”, declarou. Kenyatta anunciou como medidas preventivas a substituição do seu ministro do Interior e do inspetor-geral da Polícia nacional.

Atualmente, Quénia é alvo de constantes ataques terroristas desde que em outubro de 2011 o seu exército entrou na Somália como resposta aos sequestros ocorridos no país atribuídos à milícia somali.

O grupo Al Shabab, que desde 2012 faz parte da rede terrorista Al Qaeda, controla zonas do centro e do sul da Somália e foi responsável por inúmeros ataques nos últimos dois anos, incluindo o incidente em 2013 que vitimou 70 pessoas num centro comercial da cidade de Nairobi, no Quénia, e a morte de 28 pessoas na semana passada, no condado de Mandera, depois de obrigar os passageiros de um autocarro a recitar versos do Corán e matar posteriormente àqueles não os conheciam.

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Ataque a 36 pessoas aconteceu no condado de Mandera, na fronteira com a Somália

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