O braço de ferro dos últimos dias entre maioria PSD/CDS e oposição desfez-se porque cada um foi para seu lado. A reforma do IRS foi esta sexta-feira aprovada com os votos a favor dos dois partidos e votos contra de toda a oposição.

No conjunto de declarações de voto orais, o deputado do PSD Cristóvão Crespo até admitiu que a maioria se sente “incomodada com o aumento de impostos” para garantir logo de seguida que por isso mesmo vai começar a reduzir o IRS a partir de 2015.

A mesma argumentação foi usada pela deputada do CDS Cecília Meireles que atirou ao PS para dizer que os socialistas até votaram favoravelmente grande parte das propostas e que não o fizeram na globalidade por ideologia. Na intervenção, a deputada referiu que “as famílias com filhos a cargo ou ascendentes pagarão menos IRS”.

Já pelo lado do PS o deputado Vieira da Silva explicou que o seu partido votou contra por “três razões que são três factos”. Começou por dizer que a discussão foi feita de modo “inaceitável” e que “beneficia mais quem tem mais rendimentos e menos quem tem menos rendimentos”. E terminou dizendo que a redução de impostos é irrelevante perante o aumento de impostos que Vítor Gaspar fez em 2013. “Esta proposta não consegue reduzir esse aumento em menos de 4%”.

A mesma argumentação foi feita pelo PCP. O deputado Paulo Sá considera que esta proposta não “significa uma redução de impostos” e que contrasta com a decisão que foi tomada em relação ao IRC. A mesma ideia foi deixada pelo líder da bancada parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares.

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