O fundador da rede social Facebook está a pensar adicionar o botão “Não Gosto”, permitindo aos utilizadores outra forma de se manifestarem. Não significa com isto que o botão sirva para demonstrar que não gosta de uma qualquer publicação – o que até pode fazer através do comentário. Mark Zuckerberg apercebeu-se que em publicações mais tristes, como as da morte de um familiar, há quem se sinta desconfortável em colocar um “gosto”. E quer encontrar uma forma de o contornar.

“As pessoas dizem que não se sentem confortáveis a colocar ‘gosto'”, afirmou durante uma sessão de perguntas e respostas num evento dedicado ao filme “A rede social”.

Há dois anos, a empresa introduziu novas formas de expressar emoções numa publicação, através dos estados de espírito que é possível introduzir, como o “estou com frio”, “feliz” ou “entusiasmada”. Mas Zuckerberg não sabe ainda que botão utilizar para que se possa manifestar sobre uma publicação mais triste ou negativa. É que, no caso de escolher um “dislike”, ele seria utilizado também para manifestar não concordância com algumas publicações. E essa não é, de todo, a vontade do empresário.

Isso “não seria bom para o mundo”, justifica.

Entre a discussão esteve um estudo em que a empresa participou e que foi divulgado este verão. O estudo, que envolveu 700 mil utilizadores, pretendia concluir se as publicações positivas fazem as pessoas sentir-se mal. Na altura foi criticado, porque os utilizadores estariam a ser alvo de um estudo sem saberem. Zuckerberg explicou que havia vários artigos publicados que diziam que a rede social era negativa para a sociedade. E que a empresa quis perceber esse impacto.

Confrontado com críticas de que estar no Facebook seria uma perda de tempo, o empresário respondeu:

“Eu não considero que seja uma perda de tempo. Penso que só as pessoas tristes da nossa sociedade pensam que tentar passar tempo a construir relações e saber o que se passa com as pessoas que te rodeiam é uma perda de tempo”, disse.

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