A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) agradeceu neste domingo em comunicado o voto favorável emitido na semana passada pelo Parlamento português, no qual solicita ao Governo o reconhecimento da Palestina como Estado independente e soberano. “Em nome da liderança e do povo palestiniano expressamos o nosso agradecimento ao Parlamento português por tomar uma posição de princípio, com uma votação esmagadora para reconhecer o Estado da Palestina”, anunciou a líder histórica da OLP Hanan Ashrawi num comunicado difundido pelos meios de comunicação locais, e citado pela agência espanhola Efe.

O parlamento aprovou na sexta-feira, por maioria, uma recomendação para que o Governo reconheça o Estado da Palestina, uma proposta conjunta do PSD, CDS-PP e PS que teve nove votos contra de deputados dos grupos proponentes. No ponto um do projeto de resolução da maioria e da bancada socialista, o parlamento insta o Governo a “reconhecer, em coordenação com a União Europeia, o Estado da Palestina como um Estado independente e soberano, de acordo com os princípios estabelecidos pelo direito internacional”.

O segundo ponto, que defende que o Governo deve, “em conjunto com os seus parceiros da União Europeia e internacionais, continuar a promover o diálogo e a coexistência pacífica de dois Estados democráticos, Israel e Palestina, pois só através de negociações será possível garantir a segurança e a paz naquela região”, foi aprovado pela generalidade dos grupos parlamentares.

Portugal foi assim o quinto país europeu cujo Parlamento já votou a favor do reconhecimento do Estado palestiniano, depois do Reino Unido, França, Espanha e Irlanda. “Este voto significativo constitui um passo na direção correta, para a paz”, disse Ashrawi, ao mesmo tempo que exortava os governos a tornar efetivas as resoluções aprovadas pelos parlamentos e a trabalhar para “o fim da ocupação militar, responsabilizando Israel com medidas punitivas e outras pelas suas flagrantes violações do direito internacional e dos direitos humanos palestinianos”.

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