O porta-voz dos sociais-democratas, Marco António Costa, afirmou nesta terça-feira que o presidente do PSD e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, deixou “uma palavra de confiança” ao Conselho Nacional do seu partido relativamente ao ano de 2015.
Em declarações aos jornalistas, a meio reunião do Conselho Nacional do PSD, que decorre desde segunda-feira à noite num hotel de Lisboa, Marco António Costa voltou a remeter para o próximo ano uma decisão uma eventual coligação pré-eleitoral com o CDS-PP às legislativas, sem estabelecer nenhum limite temporal: “Haverá em tempo próprio essa decisão”.
De acordo com sociais-democratas presentes nesta reunião, a mesma posição foi transmitida aos conselheiros nacionais do PSD por Pedro Passos Coelho, que recordou a este propósito que o CDS-PP prometeu levar o assunto ao seu Conselho Nacional ou mesmo realizar um referendo interno sobre a questão da coligação.
Segundo Marco António Costa, “na intervenção inicial de abertura do Conselho Nacional, o presidente do partido deixou uma palavra de confiança relativamente ao ano de 2015” e “deixou uma linha de forte determinação do PSD em continuar a fazer o seu trabalho diariamente até às próximas eleições legislativas”.
O vice-presidente e porta-voz dos sociais-democratas reiterou as críticas ao PS por recusar entendimentos com a atual maioria PSD/CDS-PP, acusando os socialistas de se demitirem da resolução de problemas por taticismo e falta de coragem.
Perante a insistência da comunicação social sobre o momento em que PSD e CDS-PP vão decidir a questão da coligação pré-eleitoral e acertar um possível programa conjunto às legislativas, Marco António Costa considerou que os dois partidos têm “uma posição em tudo similar” sobre esta matéria. “Julgo que foi o doutor Paulo Portas que o afirmou, nem muito cedo, nem muito tarde, haverá o momento oportuno para discutirmos e para conversarmos”, acrescentou.
Interrogado sobre qual é o tempo máximo para haver uma decisão quanto a isso, o social-democrata respondeu: “Aquilo que nós gostaríamos era de estar a gastar esse tempo a estar a construir com o maior partido da oposição soluções de médio longo prazo para problemas de fundo do país”.
Entretanto, referiu, o PSD “está a trabalhar temas para o futuro do país” no quadro do seu gabinete de estudos e das conferências realizadas no âmbito dos seus 40 anos: “É nossa obrigação, esse trabalho está a ser feito”.