Washington considerou que a Coreia do Norte deve admitir a sua responsabilidade no mais grave ciberataque ocorrido nos Estados Unidos e indemnizar os estúdios Sony Pictures, o alvo do ataque informático. “Se pretendem ajudar neste caso, eles (os norte-coreanos) devem admitir a sua culpabilidade e indemnizar a Sony”, indicou aos media Marie Harf, porta-voz adjunta no departamento de Estado.

Os Estados Unidos responsabilizaram a Coreia do Norte pelo ataque contra a Sony Pictures, que implicou a anulação pela empresa da exibição da comédia “A entrevista que mata!”, sobre uma conspiração fictícia da CIA para assassinar o líder norte-coreano Kim Jong-Un. O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou no domingo, em entrevista à cadeia televisiva CNN, tratar-se de um ato de guerra, considerando que “foi um ato de cibervandalismo muito dispendioso”.

O ataque, revelado no final de novembro pela Sony, paralisou o sistema informático da empresa e foi acompanhado pela difusão na Internet de cinco filmes do estúdio, alguns ainda não estreados, de dados pessoais de 47 mil empregados, de documentos confidenciais como o argumento do próximo James Bond, e por um conjunto de e-mails muito embaraçosos para os dirigentes da Sony.

Na sexta-feira, a polícia federal dos Estados Unidos (FBI) atribuiu este ciberataque à Coreia do Norte, que negou qualquer envolvimento. O ataque foi entretanto reivindicado pelo grupo de piratas informáticos GOP (Guardiões da paz). Do domingo, Pyongyang ameaçou a Casa Branca e outros alvos norte-americanos com represálias caso sejam anunciadas sanções.

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