A Dinamarca quer o direito de propriedade do Polo Norte só para ela, noticia a Quartz. O ímpeto expansionista europeu continua vivo?

Após 12 anos de investigação e 50 milhões de dólares, a Dinamarca concluiu que uma montanha subaquática com 2000 quilómetros que vai desde o norte da Sibéria está ligada geologicamente à Gronelândia, um território autónomo, juntamente com as Ilhas Faroé, ambos sob soberania da Dinamarca.

É com este argumento que o país está a reclamar os cerca 900 mil quilómetros do Polo Norte para si. Fazendo as contas, um território com cerca de 20 vezes o tamanho da Dinamarca.”Isto é um marco histórico para a Dinamarca… [e agora] vem o processo político”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês. “Sei que isto vai demorar algum tempo. A resposta vai demorar algumas décadas a chegar”, acrescentou.

Em 2008, cinco nações reivindicaram partes do Polo Norte – EUA, Rússia, Noruega, Canadá e Dinamarca -, mas todas comprometeram-se em resolver as suas diferenças no âmbito do quadro da Comissão das Nações Unidas sobre os Limites e Plataforma Continental. Esta permite que um território possa ser reivindicado até à distância de 200 milhas náuticas da plataforma continental. Ou seja, o Polo Norte está ao alcance da plataforma continental da Dinamarca, de acordo com a investigação realizada.

A Dinamarca é, oficialmente, o primeiro país a reclamar o Polo Norte como território nacional. De acordo com a Quartz, o Canadá e a Rússia também estão neste momento a preparar as suas propostas “expansionistas”. Mas porquê esta corrida pela soberania do Polo Norte? A resposta é pouco surpreendente: estima-se que o Polo Norte contenha cerca de 30% das reservas de gás natural não descobertas e 15% das reservas de petróleo, segundo o Instituto Geológico norte-americano.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR