O barril de Brent para entrega em fevereiro fechou hoje no mercado de futuros de Londres nos 56,42 dólares, o que representou uma queda de 0,7% em relação à sessão anterior.

O petróleo do Mar do Norte, que serve de referência para a Europa, terminou a sessão com uma descida de 40 cêntimos de dólar face à última negociação, quando se fixou nos 56,82 dólares.

O crude de referência para a Europa abriu o dia em alta, ao cotar-se nos 57,42 dólares.

Os preços do petróleo, no entanto, caíram hoje para mínimos de há cinco anos e meio, no primeiro dia de negociação em 2015, sob os sinais de uma produção industrial débil na Europa.

Durante a negociação, o petróleo WTI (West Texas Intermediate) para entrega em fevereiro, que serve de valor de referência para os Estados Unidos, atingiu 52,03 dólares por barril, enquanto o petróleo Brent do Mar do Norte, para entrega em fevereiro, caiu para 55,48 dólares, situando-se nos níveis mais baixos desde meados de 2009.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Com o enfraquecimento global da indústria, com início na China e passando pelos Estados Unidos e pela Europa, apesar da Rússia e de o Iraque terem aumentado a produção, as perspetivas de evolução dos preços do petróleo no Ano Novo são as mesmas que as do Velho Ano — a queda”, salientou Connor Campbell, analista da Spreadex, uma operadora do mercado.

Em 2014, o WTI perdeu 46% do seu valor e o Brent caiu 48%. Desde junho passado que o petróleo está em “queda livre”, altura em que os preços estavam acima dos 100 dólares por barril, frisou o mesmo analista.

Numa altura em que a economia da China está a abrandar, país que é o maior consumidor de energia do mundo, o mesmo se passando com as economias emergentes e o Japão está em recessão e a zona euro apresenta um débil crescimento, os Estados Unidos e o Canadá têm vindo a aumentar a sua produção petrolífera.

Mas a decisão da OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), em dezembro, entidade que fornece cerca de um terço do petróleo do mundo, em manter a sua produção veio aumentar a pressão sobre a queda dos preços do crude.

O analista de investimentos da Phillip Futures, Daniel Ang, em Singapura, contudo, aponta para uma provável recuperação dos preços do petróleo em 2015.

Os preços baixos do crude estão a causar problemas a países produtores como a Venezuela, Rússia e o Brasil, enquanto países como a Arábia Saudita estão convivem bem com os preços nestes níveis.

As explorações de petróleo de xisto, por seu turno, também não são rentáveis com a baixa do preço do petróleo.