Começa esta terça-feira em Las Vegas (EUA) a Consumer Eletronics Show (CES), a maior feira internacional de tecnologia de consumo do mundo. É um evento destinado à apresentação de novos produtos a investidores e a meios de comunicação social, bem como à captação de futuros clientes e parceiros — não é aberto ao público.
Trata-se de uma das principais montras mundiais da evolução tecnológica e onde se desenham as tendências de mercado e a história existe para o provar. A primeira edição do CES decorreu em 1967 e desde então foram muitas as apresentações de tecnologias e produtos que se tornaram marcos: o videogravador de cassetes (1970), o leitor de CD (1981), o Mini Disk (1993), o DVD (1996), a televisão de plasma (2001), o DVD Blu-Ray (2003) e a televisão por IP — internet (2005). Estes são apenas alguns dos muitos exemplos que podem ser consultados aqui.
Nos últimos anos assistimos à explosão dos smartphones, tablets e muitos outros gadgets, que vieram ocupar um lugar importante na feira. Com a velocidade e distribuição das ligações a aumentar, a “internet das coisas” está a tomar um lugar central no Consumer Eletronics Show. Por isso ali se apresentam fornos de cozinha “inteligentes” (por 9 mil dólares), sistemas de rega controlados pelo smartphone, um biberão que controla o fluxo de leite e previne que o bebé engula ar em demasia, colunas audio bluetooth que levitam, caixas com controladores que funcionam como hortas domésticas e impressoras 3D… de comida. E, claro, novos televisores, sistemas de navegação e segurança automóvel e, correm rumores, um novo walkman da Sony. A The Verge antecipa mais algumas novidades.
Estes exemplos são uma ilustração simplista dos milhares de produtos organizados por duas dezenas de categorias, tais como: Áudio, Eletrónica Automóvel, Imagem Digital e Fotografia, Saúde e Desporto, Internet, Jogos, Robótica, Domótica (“casa inteligente”) e Wearables. A CES é uma feira onde se mostra, compra e vende tecnologia, mas também um balão de ensaio, porque é ali que é aferido o interesse dos media e dos distribuidores. Ali se apresenta mas também, de certa forma, se define o rumo da tecnologia de consumo, uma vez que muitos produtos acabam por nunca chegar aos consumidores.
Um total de 3600 expositores e 250 conferências distribuídos por vários hotéis da cidade, por onde vão circular mais de 150 mil participantes durante quatro dias (de 6 a 9 de janeiro) que farão de Las Vegas o palco do futuro. E do dinheiro: a indústria da eletrónica representa, só nos Estados Unidos da América, um mercado que vale 208 mil milhões de dólares.