Berlim, Estugarda, Colónia e Dresden reuniram mais de 20 mil pessoas em várias manifestações contra o movimento PEGIDA (Europeus patriotas contra a islamização do Ocidente), que se opõe às políticas de imigração na Alemanha e é contra o que apelida ser a islamização do país. Estes encontros reúnem cada vez mais apoio – em Dresden, esta noite, o PEGIDA reuniu cerca de 18 mil apoiantes -, no entanto, as contra-manifestações que advogam a tolerância são cada vez mais comuns.

Para esta segunda-feira estava marcada a primeira manifestação do movimento PEGIDA na capital do país, mas uma contra-manifestação de alemães que se opõem às ideias defendidas por esta organização conseguiram bloquear a passagem do movimento e desviaram assim o percurso previsto. A manifestação do PEGIDA realizou-se de qualquer forma e uma das organizadoras, Kathrin Oertel, disse às centenas de apoiantes que estavam a ser “vítimas de repressão política”, visto que apenas “têm críticas justificadas contra a política de asilo” do país e “a politica inexistente de imigração”.

As portas de Bradenburgo e outros monumentos emblemáticos da cidade apagaram as suas luzes em protesto contra as ideias disseminados por este movimento e as ações pela tolerância em reação ao PEGIDA têm vindo a surgir um pouco por toda a Alemanha. A catedral de Colónia foi o primeiro monumento a tomar de ficar às escuras e em declarações à BBC o padre Norbert Feldhoff, disse que com esta ação espera que “muitos conservadores cristãos que apoiam o PEGIDA pensem no que estão a fazer”.

O PEGIDA recolhe cada vez mais apoio em cidades como Dresden, onde esta noite reuniu o número recorde de 18 mil apoiantes – as manifestações começaram em outubro do ano passado com poucas dezenas de pessoas. Nesta cidade, a fábrica da Volkswagen concordou também em apagar toda a iluminação às segundas-feiras, dias habituais para os protestos do PEGIDA.

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