Perto de 340 crianças foram apoiadas, em 2014, pelo programa da Cáritas Portuguesa “Prioridade às crianças”, que disponibilizou cerca de 55 mil euros para o pagamento de mensalidades relacionadas com educação e saúde. Este programa “tem como objetivo salvaguardar as crianças mais desfavorecidas, assegurando o seu acesso a cuidados tão elementares como a alimentação ou a frequência de serviços de educação”, permitindo que tenham um crescimento saudável e uma adequada integração social, segundo a instituição.

Dados divulgados à agência Lusa referem que, desde 2011, o programa já apoiou 962 crianças, tendo gasto 195 mil euros no pagamento de mensalidade de escolas, em tratamentos dentários e na compra de óculos. Segundo os dados, o maior número crianças apoiadas registou-se em 2013, com 493 a receberem ajuda para pagamento de mensalidades nas áreas da educação e saúde, no valor de 85 mil euros.

Em 2014, o programa ajudou 337 crianças e aplicou 54.606,66 euros no pagamento de mensalidades. Em 2011, apoiara 17 casos, com 5.533,07 euros. Em 2012, foram apoiados 115 casos, tendo gasto 50 mil euros. Segundo a Cáritas, este apoio tem permitido garantir uma resposta eficaz no apoio às crianças que vivem em famílias com dificuldades financeiras.

O programa de âmbito nacional tem como missão sinalizar e acompanhar cada caso, zelar pelo respeito dos direitos das crianças, assegurar o acesso aos serviços necessários, prestar as ajudas possíveis, cooperar com as comissões de proteção de crianças e jovens e com outros serviços que atuem neste domínio. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o risco de pobreza continuou a aumentar em Portugal em 2013, afetando já quase dois milhões de portugueses (19,5 por cento da população).

Apesar de o aumento do risco de pobreza ter abrangido todos os grupos etários, foi maior nos casos dos menores de 18 anos, tendo o risco de pobreza passado de 24,4%, em 2012, para 25,6% em 2013. “A presença das crianças num agregado familiar está associada ao aumento do risco de pobreza, sendo de 23,0 por cento para as famílias com crianças dependentes e de 15,8 por cento para as famílias sem crianças dependentes”, adianta o INE.

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