No final de 2013, quando a ESI tinham um passivo oculto de cerca de 1300 milhões de euros (de um total de 6,3 mil milhões), uma parte importante desse passivo vinha de dívidas de três empresas detidas pela própria família Espírito Santo, diz o jornal i, com recurso ao relatório que denunciou o buraco na empresa e a fontes que confirmaram a propriedade das empresas devedoras.

Segundo o jornal, a maior parte dessa dívida à ESI, 292 milhões de euros, vinha da Espírito Santo Control (ESC), empresa que era detida a 88% pelos principais ramos da família Espírito Santo. O restante era da responsabilidade da Control Development e da ESAT, empresas cujos acionistas o jornal confirmou serem Ricardo Salgado, Maria do Carmo Moniz Galvão, António Ricciardi, José Manuel Espírito Santo Silva e Mário Mosqueira do Amaral, representantes dos cinco membros do clã. Estas duas últimas são empresas sobre as quais há poucos dados disponíveis, mas que – juntando à ESC – totalizavam uma dívida de 468 636 euros à ESI.

O relatório de auditoria da KPMG não esclarece, segundo o i, a que título estas dívidas foram contraídas, mas é hoje sabido que a ESI ditou o princípio do fim do Grupo: a identificação do seu passivo total pelo Banco de Portugal aconteceu em outubro de 20134 e acabou por levar a uma tentativa de reestruturação do GES que não produziu efeitos e que, no verão de 2014, acabou por contagiar o BES – e levar à sua resolução.

A história completa do i está disponível aqui.

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