1. O nome e a imagem não surgem por acaso
As três cabeças pensantes desta Chimera pertencem ao português Hugo Ferreira, ao brasileiro Thomas Mancini e ao norte-americano Adam Heller, um trio de amigos com formação na área da gastronomia e passagem por restaurantes como o Bistro 100 Maneiras, o The Decadente ou o The Insólito. Como partilham responsabilidades, além da cozinha, acharam por bem que o nome do restaurante passasse essa ideia de animal com várias cabeças. A imagem seguiu o mesmo caminho. O desenho, da autoria do tatuador e ilustrador Hugo Makarov, junta um galo, um bode e um peixe-espada preto na mesma criatura — na brincadeira, costumam dizer que Hugo, por ter a crista, é o galo, Adam, pelas barbas, o bode e Thomas, por exceção de partes, o peixe-espada.

chimera logotipo 2. A decoração do espaço está cheia de pormenores curiosos
O espaço que acolhe o Chimera já estava ligado à restauração mas a decoração foi toda renovada. As mesas, por exemplo, vieram de uma quinta da família da namorada de Hugo. Muitas delas são mesmo mesas de costura (ainda funcionais) readaptadas a uma nova função. Outro exemplo: na casa de banho há uma antiga fonte convertida a lavatório. Importante, na sala, é a função do gira-discos, comprado na incrível loja/museu que é o Barateiro da Casa Amarela, na rua de São Bento. A música, aliás, é uma constante no espaço e haverá, em breve, uma parceria com a Twice, loja de discos do Príncipe Real, para que a escolha se vá renovando com frequência.

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3. O Chimera é um monstro muito descontraído
Apesar de o nome remeter para quimeras e fantasias, o restaurante tem os pés bem assentes na terra e um espírito bastante descontraído. Ou seja, os chefes cozinham mas também servem e se houver tempo para isso até escolhem a música. A liberdade é total ou, como diz Hugo, “não estamos presos a nada, nem aos menus, nem ao método de empratamento.” E nem a louça é homogénea: como foi comprada na Feira da Ladra pode acontecer que a mesma mesa seja brindada com serviços diferentes.

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4. As refeições também têm múltiplas personalidades
Também na comida o Chimera parece ser um animal com várias cabeças, já que ao almoço é uma coisa e ao jantar outra completamente diferente. No primeiro caso, há um menu de 7€ que inclui prato, entrada ou sobremesa e café. As opções de almoço vão sendo renovadas semanalmente, sendo que esta semana há, por exemplo, feijoada de chocos, fusili com legumes e queijo feta ou barriga de porco com migas. Já ao jantar, a coisa funciona de forma diferente. O cliente é que faz o seu próprio menu de degustação, escolhendo três (15€), cinco (22€) ou sete (28€) pratos do menu disponível, que inclui combinações que merecem atenção: fígado de tamboril com tutano e broa de milho; pica-pau, coração de galinha e pickles caseiro ou migas com lagostins e moscatel.

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5. Há parcerias que tornam tudo (ainda) mais interessante
Além da criatividade e dos créditos dos três chefes (Hugo, por exemplo, estagiou no Amass, um dos restaurantes do momento em Copenhaga), as várias parcerias do restaurante prometem acrescentar-lhe ainda mais valor. Por exemplo, a Quinta dos Mochos, uma propriedade de agricultura biológica em Pegões, todas as semanas envia uma caixa com cogumelos de diversos tipos e bagas goji para os chefes usarem como bem entenderem. Também a escolha de vinhos não segue os padrões mais habituais — há uma predileção por produtores mais pequenos. A duriense Quinta do Romeu, por exemplo, é parceira neste capítulo.

Nome: Chimera
Morada: Rua do Salitre, 131B, Lisboa.
Telefone: 91 871 7050
Horário: De segunda a sexta das 12h às 15h e de terça a sábado das 20h às 23h30
Preço Médio: 25€ (jantar)
Reservas: Aceitam