O Canadá anunciou, esta terça-feira, novas sanções contra a Rússia, em particular contra a petrolífera Rosneft, bem como contra políticos e militares ucranianos pró-russos.

O anúncio de Otava, que surge no quadro do apoio à Ucrânia, surge dois meses depois das mais recentes medidas que tiveram como alvo interesses russos.

As novas sanções visam também batalhões de rebeldes pró-russos e entidades políticas das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.

O governo do Canadá “continua firme no seu compromisso de estar ao lado do povo ucraniano face à persistente agressão militar” da Rússia, indicou o primeiro-ministro, Stephen Harper, em comunicado.

No âmbito das sanções, o Canadá lista 11 russos e 26 ucranianos pró-russos, os quais ficam interditos de viajar para o país. Dos nomes elencados figuram chefes de milícias e ministros das repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.

“Estas medidas são aplicadas em resposta a uma série de atos de agressão cada vez mais graves perpetrados pelos militantes apoiados pela Rússia”, sublinhou.

O Canadá decidiu impor outras sanções no caso de o acordo de Minsk ser violado. “O preço a pagar vai continuar a aumentar para a Rússia se esta persistir em fazer escalar o conflito e recusar uma resolução pacífica”, acrescentou o primeiro-ministro canadiano.

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“Nós reconhecemos a soberania e integridade territoriais da Ucrânia e nunca iremos reconhecer a ocupação ilegal pela Rússia de qualquer parte do país”, frisou.

Esta segunda-feira, a União Europeia também publicou uma nova lista de pessoas e entidades sujeitas a sanções pelo envolvimento no conflito da Ucrânia, na qual figuram dois vice-ministros da Defesa russos.

A lista europeia contém também o nome de 14 ucranianos, todos eles personalidades políticas ou militares das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, e nove entidades.

A entrada, esta terça-feira, de rebeldes pró-russos na cidade estratégica de Debaltseve foi qualificada pelo Presidente ucraniano, Petro Porochenko, como um “cínico ataque contra os acordos de Minsk”, concluídos na semana passada graças à mediação de Merkel e do Presidente francês, François Hollande, e o cessar-fogo supostamente em vigor desde domingo.