O secretário de Estado norte-americano advertiu nesta sexta-feira que os Estados Unidos e Cuba, que hoje iniciaram uma segunda ronda de negociações diplomáticas, não estão a debater a eventual saída de Havana da lista de países patrocinadores do terrorismo. “As negociações em curso visam regular a questão do restabelecimento das relações diplomáticas”, afirmou John Kerry, em declarações à comunicação social. “A classificação de Estados que apoiam o terrorismo é um assunto distinto. Não é uma negociação. É uma avaliação (…) que prossegue de forma separada”, argumentou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos.

Cuba reclama ser retirada desta ‘lista negra’ do Departamento de Estado norte-americano. Havana figura nesta lista desde 1982, ao lado de países como o Irão, a Síria ou o Sudão. No dia em que anunciou o processo de restabelecimento das relações diplomáticas com Havana, a 17 de dezembro do ano passado, o Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou que ia fazer avançar esta matéria.

Washington e Havana regressaram hoje à mesa das negociações para debater a aproximação histórica entre os dois países, que não têm relações diplomáticas oficiais desde 1961. Depois de um primeiro encontro em Havana, em janeiro, a segunda ronda de negociações decorre hoje no Departamento de Estado norte-americano, em Washington.

Tal como aconteceu na capital cubana, a delegação norte-americana é chefiada pela secretária de Estado adjunta para os Assuntos do Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, e a equipa cubana por Josefina Vidal, diretora-geral para os EUA no Ministério dos Negócios Estrangeiros de Cuba.

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