Há cidades onde não é nada difícil sentir o prazer de uma vida à turista. Basta sair à rua, dar corda às pernas e passear. Roma é uma dessas cidades. Há um monumento, um edifício histórico ou um marco da Antiguidade a cada esquina dobrada ou nova praça descoberta. Se não é assim, é quase. A capital italiana, portanto, atrai milhares e milhares de turistas, ano após ano, que chegam com máquinas fotográficas em punho e uma sede de curiosidade por saciar. Assim terão aterrado em Roma duas amigas norte-americanas, vindas da Califórnia, de 21 e 25 anos.

Os nomes desconhecem-se, mas é sabido o que as duas turistas resolveram visitar, no domingo: o Coliseu de Roma. E lá foram, de manhã, visitar o anfiteatro, construído no século I e que, hoje, serve de expoente da memória do que em tempos foi o Império Romano. Por volta das 10h30, contudo, as norte-americanas já estavam no interior do coliseu e, às tantas, decidiram fazer uma coisa — deixar a sua marca no monumento.

Por isso gravaram as iniciais dos seus nomes numa parede, na ala oeste do coliseu, no primeiro andar do anfiteatro Flaviana, escreveu o La Stampa. Além da memória, quiseram guardar o momento em imagem e, por isso, ainda terão tirado uma selfie com a parede na qual inscreveram as letras J e N — que, juntas, ocuparam uma área com cerca de 20 centímetros de largura.

Pouco depois a polícia romana chegou ao local e levou as duas turistas para a esquadra, onde foram ouvidas. “Pedimos desculpa pelo que fizemos. Não imaginávamos que era algo tão grave”, disseram, citadas pelo mesmo diário italiano. Cientes ou não da gravidade, ambas foram acusadas do crime de “dano agravado em edifício histórico ou artístico” e, agora, terão de aguardar pela sentença, que deverá passar pelo pagamento de uma multa.

E a quantia não deverá ser pouca. Em novembro, recordou a CNN, um turista russo, de 42 anos, foi apanhado a gravar o nome num monumento de Roma a justiça condenou-o a pagar cerca de 20 mil euros.

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