Os ministros das Finanças da União Europeia aprovaram esta terça-feira, em Bruxelas, a proposta de regulamento da Comissão Europeia para a criação do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, vulgarmente conhecido como “plano Juncker” de investimentos.

Com o aval hoje dado pelos 28, a atual presidência rotativa letã da UE pode iniciar formalmente negociações com o Parlamento Europeu para o estabelecimento deste mecanismo, sendo o objetivo alcançar um compromissos final até junho, de modo a que os novos investimentos possam começar já em meados deste ano.

A Comissão apresentou a 13 de janeiro passado a proposta legislativa para o fundo de investimento que suporta o plano com que pretende mobilizar 315 mil milhões de euros para a economia europeia, e que permite que Estados-membros ou entidades públicas injetem dinheiro.

O plano de investimento, que foi uma das ‘bandeiras’ de Jean-Claude Juncker quando se apresentou como candidato a presidente da Comissão Europeia, foi apresentado em novembro, tendo então sido conhecido que esse teria como suporte um fundo de investimento estabelecido em conjunto com o Banco Europeu de Investimento (BEI) — designado Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (EFSI na sigla em inglês).

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A partir desse fundo, com 16 mil milhões de euros de garantias do orçamento comunitário e cinco mil milhões do BEI, Bruxelas acredita que por cada euro serão mobilizados 15 euros, no total 315 mil milhões de euros que podem entrar na economia europeia nos próximos três anos.

Hoje mesmo, a Itália tornou-se o quarto Estado-membro a anunciar um contributo avultado para o fundo de investimento, de 8 mil milhões de euros, o mesmo valor já anunciado pela França, tendo também Alemanha e Espanha anunciado já contributos, respetivamente de 5 e 1,5 mil milhões de euros.

“A bola está a rolar. A Itália é o quarto Estado-membro a comprometer-se com um contributo avultado para o nosso plano de investimento para a Europa”, comentou o vice-presidente da Comissão responsável pelo Investimento, Jyrki Katainen.

De uma primeira lista de quase 2.000 potenciais candidaturas a financiamento no quadro do ‘plano Juncker’ de investimento, remetida pelos Estados-membros em dezembro passado, Portugal tinha mais de uma centena de projetos, num valor superior a 16 mil milhões de euros.