A operação resulta da adesão ao programa “Floresta Comum” e conta com a parceria das freguesias de Mouçós (baldio de Sanguinhedo) e São Tomé do Castelo e Justes. “Este é o arranque de um projeto nacional a que nós nos candidatamos e que visa proceder à reflorestação de áreas afetadas por incêndios florestais, com espécies adaptadas ao local e mais resistentes ao conjunto de pragas, doenças, intempéries que possam afetar estes territórios”, afirmou hoje o vereador Carlos Silva.

As 20 mil árvores vão ser plantadas ao longo do mês de março, em que também se assinala o Dia da Árvore (21 de março). No verão de 2013, a zona norte do concelho de Vila Real foi afetada pelos incêndios que dizimaram cerca de 3.500 hectares.

No baldio de Sanguinhedo, o fogo causou um prejuízo de cerca de 30 mil euros e queimou pinhal plantado no início de 2000. Hélder Afonso, responsável pelo baldio, lamentou os “avultados prejuízos” e enalteceu o projeto promovido pelo município que vai permitir repovoar estes terrenos com carvalhos, azevinhos ou medronheiros.

O trabalho neste baldio está a ser feito com recurso a sete pessoas, desempregados e beneficiários do Rendimento Social de Inserção, ao abrigo de um programa que o conselho diretivo candidatou ao Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que faz os pagamentos.

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Hélder Afonso salientou que estes trabalhadores têm executado um plano de limpeza e de manutenção da floresta e sublinhou a intenção de, se for possível, renovar a candidatura.

O vereador Carlos Silva salientou que os incêndios representam um dos principais riscos que o concelho tem. “Como há este problema anual procuramos compensar, irmos corrigindo essas situações”, sustentou.

O autarca referiu ainda que o município quer manter o programa de reflorestação nos próximos, alargando a outras áreas afetadas pelo fogo.

O projeto “Floresta Comum” quer promover a criação de uma floresta autóctone e envolve a associação ambientalista Quercus, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), contanto com o apoio científico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

A nível nacional aderiram a este programa 134 municípios, a quem os viveiros do ICNF forneceram mais de 170.000 árvores autóctones.