O ex-jogador de futebol americano Aaron Hernandez, acusado do assassínio dos cabo-verdianos Danny Abreu e Safiro Furtado, foi condenado pelo homicídio de Odin Lloyd, que aconteceu um ano depois do crime.

No final de um julgamento que durou dois meses, os elementos do júri precisarem de quase sete dias para condenar o antigo jogador de 25 anos dos New England Patriots de homicídio em primeiro grau.

Hernandez foi ainda condenado de posse ilegal de armas e munições.

O juiz do caso vai agora estabelecer a pena, que pode ir até prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.

O caso remontava a junho de 2013, quando Hernandez era jogador dos Patriots e tinha um contrato anual de 40 milhões de dólares.

O julgamento pelos homicídios de Danny Abreu e Safiro Furtado, que deveria começar em maio, foi adiado devido a este outro julgamento e ainda não tem data de começo.

As famílias destes dois imigrantes cabo-verdianos estão a pedir seis milhões de dólares (cerca de 5,3 milhões de euros) de indemnização nos tribunais norte-americanos.

O advogado que as representa pediu ao Tribunal Superior de Attleboro, em Massachusetts, que congelasse os bens de Hernandez, de 24 anos, incluindo uma mansão no valor de cinco milhões de dólares (4,4 milhões de euros), e diz que o jogador recebeu 11 milhões de dólares (9,7 milhões de euros) ao serviço dos New England Patriots.

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Segundo a acusação, Hernandez assassinou Lloyd depois do atleta o ter questionado sobre o seu papel nos assassinatos dos cabo-verdianos.

No dia 16 de julho de 2012, Abreu, de 29 anos, e Furtado, 28, estariam na discoteca Cure Lounge, em Boston, quando Abreu entornou uma bebida sobre Hernandez e não pediu desculpa.

O jogador terá ficado enfurecido e disse a uma testemunha que tinha sido desrespeitado, que tinha esperado por eles no exterior da discoteca, dentro de um carro e às voltas na rua.

Quando o grupo de cinco cabo-verdianos entrou no seu carro, Hernandez ter-se-á aproximado e disparado cinco tiros, matando os dois jovens e ferido um terceiro.

Abreu e Furtado trabalhavam os dois em limpezas e viviam na mesma zona de Massachusetts, estado onde existe uma numerosa comunidade cabo-verdiana.