Um grupo de pessoas ligadas à comunicação social defende a atribuição da Ordem da Liberdade, a título póstumo, ao jornalista Tolentino de Nóbrega, falecido no passado dia 7 de abril, com 63 anos, no Funchal.

Em defesa da sua posição, os subscritores desta iniciativa alegam que Tolentino de Nóbrega representa um “distinto exemplo do exercício da profissão de jornalista”, que este praticou durante 43 anos “com enorme e intransigente sentido de independência, a que aliava um firme e simultaneamente suave compromisso com a defesa da liberdade de expressão”.

O grupo de jornalistas e amigos de Tolentino de Nóbrega que assina esta tomada de posição inclui nomes como os do patrão do grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, a diretora do jornal Público, Bárbara Reis, e a presidente do Sindicato dos Jornalistas, Sofia Branco, num rol de 45 figuras.

Os amigos recordam o longo e prestigiado percurso profissional de Tolentino de Nóbrega, desde o Comércio do Funchal, onde se iniciou em 1972, até ao Público, passando pelo Diário de Notícias do Funchal, A Luta, o Expresso e O Jornal, mencionando que desempenhou o seu ofício na ilha da Madeira, “lugar difícil para se ser jornalista”.

No documento lê-se que “é (…) tempo de fazer justiça à sua memória, reconhecendo o seu exemplar exercício do jornalismo, e o seu corajoso e perseverante comportamento de resistência à intolerância”, para justificar o merecimento do jornalista à Ordem da Liberdade.

Esse texto e a respetiva intenção são já do conhecimento de Manuela Ferreira Leite, chanceler do Conselho das Ordens Nacionais, e de Nunes Liberato, chefe da Casa Civil da Presidência da República.

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