“Eu sei que tenho irritado potenciais aliados na nossa busca por tornar a América mais saudável. Não importa as nossas divergências, a liberdade de expressão é o direito mais fundamental que temos como americanos e estes 10 médicos estão a tentar calar este direito.”
Foi desta maneira que o Doutor Mehmet Oz, conhecido na televisão como o Dr. Oz, defendeu-se esta terça-feira na CNN contra as acusações feitas por um grupo de dez médicos. O grupo pede o afastamento do Dr. Oz da universidade, da qual faz parte como professor, visto que ele será “falso” e “charlatão” e andar a “promover tratamentos e curas enganosos no interesse de ganho financeiro pessoal”.
“Pensamos que entendemos a motivação de Columbia. É uma instituição conceituada e quer no seu quadro o médico mais conhecido do país. Mas a verdade é que os seus conselhos põem em risco a vida dos doentes. Talvez também queiram que a Oprah [Winfrey, apresentadora de televisão] se apresente aqui um dia para dar umas lições”, critica o grupo de médicos.
Oz respondeu na sua página no Facebook ao dizer que “traz informação pública para ajudar as pessoas”. “Damos vários pontos de vista, incluindo o meu, sem conflito de interesses. Isso não joga bem com certos interesses que distorcem os fatos”, afirma. A polémica ganhou as redes sociais norte-americanas e levou o famoso médico a dedicar um dos seus programas especialmente à defesa das suas práticas como médico. O episódio será emitido nesta quinta-feira, mas alguns minutos foram já divulgados pela CNN.
Oz finaliza o vídeo com um pedido ao seu público. “Comprometo-me aqui e agora: não seremos silenciados, não vamos desistir”, diz. O programa do Dr. Oz tem emissão de segunda a sexta-feira à tarde nos Estados Unidos e conta com uma audiência média diária de 1.8 milhões de espetadores, segundo a CNN. Em Portugal, o programa é exibido pelo canal SIC Mulher.