A TAP prevê realizar 70% dos cerca de 300 voos programados para esta segunda-feira, quarto dia de greve dos pilotos, disse à agência Lusa uma fonte da transportadora aérea portuguesa.

“A mensagem que queremos passar no dia de hoje, quarto dia de greve dos pilotos, é que estamos a prever realizar 70% dos cerca de 300 voos programados, ou seja, manter aquilo que tem vindo a acontecer nos dias anteriores”, adiantou à Lusa Carina Coelho, do gabinete de imprensa da TAP.

Carina Coelho remeteu um novo balanço da paralisação para o final da manhã desta segunda-feira.

No domingo, a TAP realizou (até às 19h00) 70% dos 272 voos programados, o que equivale a 189, tendo sido cancelados 83, a maioria dos quais da Portugália, revelou um porta-voz da empresa.

Os pilotos da TAP cumprem esta segunda-feira o quarto de dez dias de greve, por considerarem que o Governo não está a cumprir dois acordos, assinados em 1999 e em dezembro de 2014.

O primeiro conferia aos pilotos uma participação de até 20% da TAP em caso de privatização, em troca de atualização dos salários, mas o Governo diz atualmente que a pretensão não tem qualquer validade, remetendo para um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República, que dá aquela pretensão como prescrita.

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O segundo acordo juntou nove sindicatos, em dezembro passado, mas o SPAC diz que o Governo não pretende cumpri-lo, o que é manifesto pelo facto de não ter incluído sanções ao incumprimento no caderno de encargos da privatização. Neste ponto, o mais polémico é a reposição das diuturnidades (subsídio de senioridade), congeladas sucessivamente desde o Orçamento de Estado para 2011.

O primeiro dia de greve ficou marcado ainda por uma reunião do Governo com o presidente da TAP, Fernando Pinto. No final da reunião, o ministro da Economia, António Pires de Lima, afirmou aos jornalistas que já não havia “nada para negociar” com os pilotos.

Nos dez dias de greve, deverão ser afetados cerca de 3.000 voos e 300 mil passageiros.