A TAP prometeu hoje retomar, a partir de segunda-feira, os voos conforme o programa de ligações do dia, assegurando a normalização de “algumas situações resultantes da greve”. Em comunicado, a transportadora aérea portuguesa alega que, durante os dez dias de greve dos pilotos do grupo TAP, que hoje termina, providenciou em média 70 por cento dos voos diários.

Contrariando estes números, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, que convocou a paralisação, apontou o cancelamento em média de cerca de 50 por cento dos voos “originalmente planeados”.

No comunicado, a TAP enaltece “o esforço da maioria dos trabalhadores”, que “contribuiu para evitar maiores prejuízos” à companhia, que, avisou, “tem agora maiores dificuldades para enfrentar um mercado cada vez mais agressivo”.

Os pilotos do grupo TAP (TAP e Portugália) convocaram uma greve de dez dias, que começou a 01 de maio, por entenderem que o Governo não está a cumprir o acordo assinado em dezembro de 2014, nem um outro, estabelecido em 1999, que lhes dava direito a uma participação de até 20 por cento no capital da empresa no âmbito da privatização.

Na sexta-feira, numa conferência de imprensa, em Lisboa, o sindicato remeteu para uma próxima assembleia-geral a decisão de convocar uma nova greve e realçou que os custos de um acordo com a TAP são inferiores aos do impacto desta paralisação.

Hélder Santinhos, dirigente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, sublinhou que os custos da greve são da ordem dos 30 milhões de euros e as exigências feitas pelo sindicato ao Governo e à TAP representam 6,5 milhões de euros por ano.

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