O Coelho da Rocha é agora uma espécie de filho d’O Magano
Foram os irmãos Marco e Bruno Luís, responsáveis pelo vizinho O Magano, que tomaram a iniciativa de recuperar esta verdadeira instituição do bairro (e da capital), fechada há já um par de anos. “Podemos dizer que o Coelho da Rocha agora é uma espécie de filho d’O Magano”, conta Bruno. Mas atenção: um filho não é uma réplica. A casa tem, por isso, muita identidade própria e não se transformou num restaurante alentejano, apesar de os responsáveis terem trazido alguns dos petiscos que deram fama a O Magano, como as favinhas com linguiça (4,50€) , os pimentos de vinagrete (4,50€), as saladinhas de bacalhau com grão (4,50€), orelha (4,50€) ou polvo (8€) e as empadinhas (sim, o diminutivo faz parte) de galinha (1,50€).

O famoso folhado de perdiz continua a fazer parte da carta
É verdade: da carta continua a constar o clássico folhado da ave, um dos pratos de assinatura do (velho) Coelho da Rocha. Está disponível todos os dias em versão petisco (10€) e uma vez por semana como prato do dia. “Esse folhado tem uma história engraçada: a receita veio do Gambrinus e o nosso chef, o Miguel, também trabalhou lá, por isso decidimos continuar a servi-lo”, revela Bruno Luís. O que ainda não está definido é o dia a que será servido — na primeira semana de funcionamento do restaurante foi à quinta-feira. Diariamente haverá ainda peixe fresco (“escolhido por nós todas as manhãs”, asseguram os responsáveis) e carne maturada, entre outras propostas.

4 fotos

O novo restaurante junta três conceitos
Por baixo do logotipo do Coelho da Rocha consta uma espécie de santíssima trindade do novo espaço: Restaurante, Tapas e Bar. E se a primeira palavra é auto-explicativa, as outras duas merecem referência especial de Bruno Luís. “Funcionamos em horário contínuo e temos esta barra ideal para quem quiser vir beber um copo e petiscar qualquer coisa”. A vertente bar não é menos importante. “Temos 12 cocktails na carta e muitas referências de bebidas espirituosas. Só gins são mais de 20.” Ou seja, não é preciso querer fazer uma refeição completa para ir ao Coelho da Rocha: quem quiser ir lá apenas adocicar-se com uma sericaia (4€) ou um fidalgo (5€) de sobremesa — receitas partilhadas com O Magano — pode perfeitamente fazê-lo. Desde que haja lugar.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As salas de refeição estão quase irreconhecíveis
As mudanças no restaurante são visíveis logo à entrada. A sala do Coelho da Rocha estava datada desde os anos 90 por isso não admira que dela pouco tenha sobrado. “Partimos isto tudo, renovámos de cima a baixo porque a casa estava um pouco velha, a precisar de mudança”, explica Bruno. Foram-se os azulejos e os espelhos na parede, o balcão tem agora cerca de uma dezena de lugares sentados com vista privilegiada para a cozinha e a sala interior está muito mais clean.

Ainda assim, a herança do velho Coelho da Rocha foi respeitada
Com tanta mudança, pode parecer estranho que os responsáveis não tenham decidido mudar o nome do restaurante. Segundo Bruno Luís, não o fizeram por três razões, sendo que a última delas é a mais especial:

“Primeiro porque estamos na rua Coelho da Rocha, logo o nome continua a fazer sentido. Depois porque já era uma casa muito conhecida com este nome e já havia uma base de clientela muito boa. A última razão é porque quando estávamos a negociar com o antigo dono do restaurante, o senhor Esteves, desenvolvemos um grande carinho e respeito por ele. O restaurante era como se fosse o seu filho e ele o estivesse a dar para casar. Por isso quisemos manter o nome, também em sua homenagem.”

Nome: Coelho da Rocha
Morada: Rua Coelho da Rocha, 104 (Campo de Ourique), Lisboa
Telefone: 21 390 0855
Horário: De segunda a sábado, das 12h30 à 00h00
Preço Médio: 30€
Reservas: Aceitam