O ex-ministro das Finanças de José Sócrates, Fernando Teixeira dos Santos, elogia a recondução de Carlos Costa no Banco de Portugal, contrariando aquela que é a posição dominante no PS.
“Carlos Costa foi reconduzido. Ainda bem. Uma decisão justa. Usou até ao limite os seus poderes no caso do BES. A solução fácil seria usá-lo como bode expiatório das ilicitudes de outros”, escreveu este sábado numa coluna de opinião que assina no JN.
Carlos Costa foi nomeado em 2010 pelo Governo de José Sócrates, justamente por Teixeira dos Santos que, na altura, elogiou assim a escolha: “É um prestigiado economista, com larga experiência no setor financeiro, bem como uma larga experiência internacional, não só pelas funções que actualmente exerce como vice-presidente do Banco Europeu de Investimento mas também nas funções desempenhadas em Bruxelas no âmbito da REPER e da Comissão Europeia”.
Por causa da forma como o Banco de Portugal atuou no caso BES, o PS entende que Costa não tinha condições para continuar no cargo. O secretário-geral do PS, António Costa, mostrou-se mesmo “desagradado” e considerou essa recondução “um mau sinal que o Governo dá sobre o rigor que deve imperar no funcionamento destas instituições“.
Este sábado, em Bragança, Passos Coelho elogiou o governador do Banco de Portugal, considerando tratar-se da “pessoa mais bem preparada” para o cargo.