O júri distinguiu ainda a curta-metragem “Não são favas, são feijocas”, da portuguesa Tânia Dinis. O filme “This is my land”, da francesa Tamara Erde, venceu o Prémio do Público. Constituíram o júri desta segunda edição do festival a investigadora Alejandra Rosenberg, o produtor Miguel Ribeiro, programador do DocLisboa, e a atriz Rita Durão. Os prémios foram entregues pela ex-diretora da Cinemateca Portuguesa Maria João Seixas, embaixadora do festival Olhares do Mediterrâneo 2015, que decorreu no âmbito das Festas de Lisboa.

A celebração do cinema no feminino é o objetivo do Festival Olhares do Mediterrâneo, que este ano apresentou, em parceria com a Cinemateca Portuguesa, perto de uma trintena de filmes realizados por mulheres de doze países mediterrânicos: Bósnia-Herzegovina, Egito, Espanha, França, Grécia, Israel, Líbano, Malta, Palestina, Portugal, Turquia e Tunísia.

A produção portuguesa ocupou perto de um terço da programação, com obras de Joana Toste, Susanne Malorny, Margarida Madeira, Tânia Dinis, André Mendes, Andreia Neves e Laura Gonçalves.

De Marta Pessoa foram exibidos os filmes “Bolor Negro” e, extracompetição, o documentário “O Medo à Espreita”, sobre a repressão durante a ditadura do Estado Novo, que cruza depoimentos de pessoas que foram vigiadas, interrogadas e torturadas pela PIDE, a polícia política da ditadura, com relatos de informadores e fotografias de época.

O festival homenageou ainda a realizadora portuguesa Bárbara Virgínia, nome artístico de Maria de Lourdes Dias Costa, a primeira mulher selecionada para o Festival de Cinema de Cannes, em 1946, com o filme “Três dias sem Deus”. A Cinemateca Portuguesa associou-se ao festival com uma programação paralela que contemplou “Água e Sal”, de Teresa Villaverde, e “Mimi”, da francesa Claire Simon.

Omaima Hamouri, da Palestina, Hinde Boujemaa e Kaouther Ben Hania, da Tunísia, Melisa Önel, da Turquia, Efrat Corem e Heli Hardy, de Israel, Remedios Crespo e Andrea Casaseca, Espanha, Rebecca Cremona, de Malta, Bryony Dunne, do Egito, Liana Kassir e Renaud Pachot, do Líbano, Konstantina Kotzamani e Margarita Manda, da Grécia, e Malou Lévêque, Sarah Munro e Victoria Visco, de França, são as cineastas destacadas pela programação deste ano dos Olhares do Mediterrâneo.

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