Apesar de ser mais conhecido entre o público nacional pela sua participação como membro do júri das últimas edições de MasterChef, Miguel Rocha Vieira tem um percurso que fala por si: estudou Gestão Hoteleira no City of London College, passou pela prestigiada academia Le Cordon Bleu e pelos restaurantes 1 Lombard Street, em Londres, Chateau de Divonne, perto da fronteira franco-suiça, Maison Pic (três estrelas Michelin), em Valence ou pelo do antigo Hacienda Benazuza, o hotel sevilhano que pertencia a Ferrán Adriá do mítico El Bulli. Tudo isto antes de, em 2008, se fixar em Budapeste, no Costes, o primeiro restaurante da capital húngara a ganhar uma estrela Michelin.

É neste cenário que Miguel Rocha Vieira vai desenvolver, a partir de agosto, a sua cozinha.
(Jorge Amaral/Global Imagens)

O chef regressa agora a casa — é natural de Cascais — para substituir o recém-partido Vincent Farges, que chefiava a cozinha do Fortaleza do Guincho desde 2005. A notícia foi avançada pelo blogue Mesa Marcada e confirmada ao Observador pela assessoria de imprensa do restaurante. Em entrevista posterior ao mesmo blogue, Miguel Rocha Vieira confessa que estava há já algum tempo à procura de um local em Lisboa que lhe permitisse regressar a Portugal. Quanto ao futuro do restaurante, cuja cozinha foi sempre chefiada por franceses, o novo responsável não avança, para já, com grandes revelações:

“Tirei o meu curso numa escola de cozinha clássica francesa, trabalhei em França e sou um apaixonado da cozinha Francesa. Contudo, isso não quer dizer que essa seja a cozinha que eu pratique. A Fortaleza continuará a ser um Hotel/Restaurante, no Guincho, onde faremos a cozinha do “Miguel” no Guincho. Uma cozinha de autor, de produto, de temporada, uma cozinha com amor, onde tentaremos usar ao máximo o produto nacional e sem nunca esquecer onde estamos localizados.”