O número de cartões SIM ativos no serviço móvel caiu 1,7%, para 16,455 milhões, no final do primeiro trimestre face ao trimestre anterior, mas subiu 0,8% em termos homólogos, divulgou hoje o regulador.
Segundo a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), dos cartões ativos, 12,8 milhões, correspondentes a 77,7% do total, foram efetivamente utilizados no 1º trimestre.
O regulador mostra que a MEO continua a ser o principal prestador, com 47,5% dos cartões SIM ativos, seguindo-se a Vodafone com 31,8%, e depois a NOS, que apesar de ter uma quota de 18,9%, foi o único prestador a aumentar o número de cartões, conseguindo reforçar a sua quota em 0,5 pontos percentuais.
O volume de receitas de clientes, excluindo as receitas de serviços móveis integrados em pacote com serviços fixos, atingiu os cerca de 369 milhões de euros no final de março, caindo 19,6% em termos homólogos, tendo sido a receita média mensal por assinante médio de 9,6 euros.
A ANACOM evidencia ainda que a utilização de planos tarifários pré-pagos está em queda, sendo que 54,3% dos cartões móveis estavam associados a planos pré-pagos, menos 10,8 pontos percentuais do que no período homólogo, devido ao aumento da penetração dos tarifários ‘multiple play’ (ofertas de vários serviços) que integram o serviço móvel.
Os utilizadores efetivos de serviços típicos da banda larga móvel, como videotelefonia, transmissão de dados em banda larga, mobile TV, entre outros, chegaram aos cerca de cinco milhões, o que significa um aumento de 12,6% em termos homólogos, e representavam 38,8% do total de estações móveis com utilização efetiva.
Esta evolução está associada ao aumento do acesso à Internet através do telemóvel, que subiu 25,3% devido à expansão das ofertas em pacote e à crescente penetração dos ‘smartphones’.
Por outro lado, a utilização residencial do serviço de acesso à internet através do telemóvel atingiu os 45,5%, enquanto a penetração de ‘smartphones’ chegou aos 55,7%, existindo cinco milhões de residentes em Portugal que utilizam estes equipamentos, diz a ANACOM, citando dados do Barómetro de Telecomunicações da Marktest.
Os utilizadores do serviço de mensagens escritas (SMS) enviaram menos 12,3% de mensagens face ao primeiro trimestre de 2014, o que se deve ao aparecimento de formas de comunicação alternativas.