Sofrer para bonita parecer, já dizia o ditado popular… Esta terça-feira foi noticiado que as skinny jeans podem ser prejudiciais à saúde. O relato foi feito por uma publicação britânica especializada na área de neurologia — Journal of Neurology Neurosurgery & Psychiatry — e surgiu depois de uma mulher ter deixado de sentir as pernas por um longo período de tempo. A culpa foi dos jeans apertados.

À semelhança das calças de ganga justas, há outras modas que correm o risco de serem pouco amigas do corpo humano e que, por isso, devem ficar esquecidas no fundo do armário (ou do caixote do lixo). Por esse motivo, reunimos (com a ajuda da Time) um conjunto de tendências que podem vir a precisar da aprovação do seu médico de família — e em causa não está apenas a moda feminina.

1. Sapatos de salto alto

A 21 de junho, o jornal britânico Guardian colocou a seguinte questão: “Os saltos altos são maus para os seus pés?” A resposta lê-se umas linhas abaixo: “Os seus tornozelos, calcanhares e gémeos podem todos sofrer se usar saltos altos em demasia”. O artigo tem em conta um estudo publicado este mês no International Journal of Clinical Practice que sugere que os saltos altos podem, de facto, alterar o equilíbrio muscular ao redor da articulação do tornozelo, podendo causar problemas de instabilidade.

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“Os sapatos de salto alto são vistos como algo que vale a pena, uma vez que eles fazem as pernas parecerem mais altas, os pés mais pequenos e o corpo mais fino”, escreve o Guardian.

Já a Time refere que um artigo científico datado de 2014 concluiu que os saltos altos alteram a posição natural do pé e do tornozelo, causando uma reação em cadeia de situações que, eventualmente, podem perturbar a estabilidade da coluna vertebral. Também o The New York Times chamou à atenção de outros estudos que sugerem que usar menos vezes saltos altos pode prevenir lesões nos tornozelos.

ISTANBUL, TURKEY - OCTOBER 13:  Arsena Saribatur wearing a jacket tshirt pants from Zara a bag from Yves Saint Laurent a watch shoes from Alexander Mqqueen during Mercedes Benz Fashion Week Istanbul SS15 at Antrepo 3 on October 13, 2014 in Istanbul, Turkey.  (Photo by Timur Emek/Getty Images for IMG)

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2. Espartilhos

Volta e meia, vê-se alguém a usar um espartilho. Trata-se de um acessório de moda secular que, a julgar pelo clã Kardashian, não há meio de desaparecer. O seu objetivo é claro (diminuir consideravelmente a cintura), mas não é certo que funcione. Pondo de lado questões de eficácia, usá-lo pode ser algo doloroso: não só faz com que seja mais difícil respirar — por que razão haveria de Elizabeth Swann (personagem interpretada por Keira Knightley na saga cinematográfica Piratas das Caraíbas) tombar no mar? — como pode danificar as costelas.

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3. Gravatas

Alguns estudos sugerem que usar gravatas muito apertadas pode elevar a pressão intracraniana e aumentar a pressão arterial ocular para níveis inseguros. Ainda assim, talvez não seja motivo suficiente para pôr de lado as gravatas, apenas para usá-las com uma folga maior.

4. Malas de grandes dimensões 

Coube a Victoria Beckham inspirar a criação do nome de um problema muscular causado pelo uso de carteiras muito grandes (e pesadas) nas dobras dos braços — coisa que facilmente se vê nas ruas de Portugal. Em 2013, foi relatado que um conjunto de médicos designou a doença de Poshitis, um nome de batismo associado à alcunha daquela que também conhecida por Posh Spice. Mas o que pode acontecer quando cometemos o erro à imagem e semelhança da ex-cantora? Corre-se o risco de inflamar os tendões do ombro e de rasgar os músculos. Auch.

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5. Bijuteria

Em 2012, o Daily Mail dava conta que um conjunto de cientistas descobriu químicos perigosos presentes em bijutaria. Depois de uma série de testes realizados em peças low cost destinadas a um público-alvo mais jovem, a organização sem fins lucrativos The Ecology Center encontrou mercúrio e arsénico, entre outros químicos tóxicos, em itens de marcas como Claire’s, Forever 21 e H&M (entre outros retalhistas nos EUA).

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6. Piercings

Um estudo realizado pela Northwestern University revelou que cerca de 20% dos piercings resultam em infeções bacterianas. Mas usar utensílios apropriados quando a fazer o piercing e saber mantê-lo limpo ao longo do tempo pode prevenir problemas.

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