São pelo menos três os municípios no estado do Alabama que deixaram de emitir licenças de casamento. Isto acontece dias depois de o casamento entre homossexuais ter sido legalizado em todos os estados dos Estados Unidos, numa decisão já considerada histórica. A união oficial entre pessoas do mesmo sexo foi aprovada pelo Supremo Tribunal daquele país, na última sexta-feira, com cinco votos a favor e quatro contra.

Agora, numa manifestação de oposição e protesto, há quem esteja a pôr um travão aos casamentos, sejam eles entre homossexuais ou heterossexuais. O jornal The Independent  o exemplo de um juiz (probate judge em inglês, o que em Portugal poderá remeter para a função de notário) que argumenta que, sob a lei do estado do Alabama, tem o direito de não emitir licenças:

“A secção 30-1-9 do Código de 1975 de Alabama diz que um oficial de justiça pode emitir uma licença de casamento… Não diz que tem de emitir uma licença de casamento… Não vou fazer mais cerimónias”.

Outro juiz deixou de emitir licenças tanto a gays como a heterossexuais em fevereiro último, de forma a prevenir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. À agência de notícias Associated Press, chegou a dizer que estava “entristecido” com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça:

“O meu escritório descontinuou a emissão de licenças de matrimónio em fevereiro e eu não tenho planos de retomar o negócio do casamento. A política do meu gabinete, no que ao casamento diz respeito, não é diferente hoje do que era ontem.”

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